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Robert Scheidt conquista o hepta mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

O iatista Robert Scheidt, 31 anos, conquistou nesta quarta-feira em Bodrun, na Turquia, o seu sétimo título mundial e se transformou no primeiro brasileiro heptacampeão mundial de uma modalidade olímpica. Scheidt teve dificuldade, mas chegou em segundo lugar em uma das duas regatas disputadas nesta quarta-feira e terminou a competição com 16 pontos perdidos, contra 25 do australiano Michael Blackburn, o segundo colocado no Mundial. Scheidt foi campeão em 1995 (Tenerife/Espanha), 1996 (Cidade do Cabo/África do Sul), 1997 (Alagarrobo/Chile), 2000 (Cancún/México), 2001 (Cork/Irlanda) e 2002 (Cape Cod/EUA). Nas dez provas disputadas em Bodrum, o brasileiro obteve quatro vitórias, dois segundos, um terceiro e um quinto lugares, além dos descartes de uma sexta colocação e da desclassificação na primeira regata desta quarta. Este foi o 107º título de Scheidt em 22 anos de carreira. O sétimo em 2004, ano em que ele tem como principal objetivo a Olimpíada de Atenas, em agosto. ?Estou absolutamente realizado com o heptacampeonato. A ficha ainda não caiu, mas a sensação é indescritível?, comemorou o iatista. ?Tive uma grande lição no ano passado, quando perdi justamente na última regata. Conseguiu o que parecia impossível. Reconquistar o título é até melhor do que defender o troféu.? As duas regatas desta quarta-feira, último dia do Mundial, foram extremamente disputadas entre Scheidt e o australiano Michael Blackburn, o único que podia atrapalhar os planos do brasileiro. ?Foi muita adrenalina. Eu estava em sexto na primeira regata, à frente do Blackburn, mas fui penalizado pelo júri com duas bandeiras amarelas e acabei desclassificado da regata. Isso deixou a situação complicada para a prova decisiva, que teve quatro largadas anuladas. Na hora que valeu, saí melhor que o australiano, consegui deixá-lo para trás e cheguei em segundo?, contou o melhor velejador do mundo em 2001 segundo a Federação Internacional de Vela (ISAF). Sétimo colocado na primeira prova, Blackburn não terminou a segunda regata do dia. O heptacampeonato de Robert representa o oitavo título mundial do Brasil na classe Laser, uma vez que Peter Tanscheit foi campeão em 1991, na Grécia. Naquela oportunidade, o jovem Robert Scheidt terminou na 20ª colocação. Em 2002, em Marselha, na França, Scheidt conquistou também o título do Mundial da ISAF, que é disputado a cada quatro anos. ?É um resultado muito positivo para o iatismo brasileiro. Foi suado pra caramba, as duas bandeiras amarelas por causa de movimentos não permitidos não estavam no programa, mas o Robert foi com tudo para a última regata do campeonato?, disse o técnico do iatista, Cláudio Biekarck. ?Depois da Olimpíada de Sydney, os adversários pensaram que o Robert era fraco em match race. Mas o australiano tentou a manobra quatro vezes na última regata e perdeu todas.? Robert Scheidt é uma das maiores esperanças de medalha para o Brasil em Atenas.

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