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Russas desafiam o encanto das brasileiras do handebol em Londres

Com aposta em Duda Amorim, uma das melhores do time, seleção encara as temidas rivais

Por Paulo Favero , ENVIADO ESPECIAL e LONDRES
Atualização:

Duda Amorim tem sido uma das principais jogadoras da seleção feminina de handebol na brilhante campanha até o momento nos Jogos de Londres. Hoje, às 12h15, ela estará em quadra novamente para enfrentar a Rússia, e contará com uma torcedora muito especial assistindo à partida no Brasil: sua irmã Ana, que também atuou em uma edição da Olimpíada, em Atenas (2004). "Eu comecei a jogar por causa dela", confessa Duda.Três anos mais velha, Ana trabalha em uma padaria da família em Blumenau, em Santa Catarina. Ela não conseguiu pegar a grande fase da seleção feminina, que começou nos últimos anos e alcançou seu auge neste momento, com uma invencibilidade de 21 partidas e com vitórias diante das equipes mais poderosas do mundo. "Nós jogamos pouco tempo juntas", explica Duda."Agora, estou realizando o sonho dela e continuando sua história na seleção, que é bem parecida com a minha. E ela está acompanhando tudo de perto." As duas irmãs sofreram um pouco para poder brilhar no esporte, principalmente por causa da falta de apoio à modalidade. "Mas a família sempre incentivou a gente", afirma Duda, que está com 25 anos e atua como armadora-esquerda. Para tentar se aperfeiçoar ainda mais no handebol, a menina deixou o Brasil com apenas 19 anos foi jogar na Hungria. Atuar no exterior deu muita experiência à ela, que hoje consegue unir força e habilidade. Também costuma ser muito forte defensivamente e isso fez com que seu estilo se encaixasse muito bem com a proposta do técnico do Brasil, o dinamarquês Morten Soubak. "Nós somos agressivas na defesa", afirma.Segundo Dani Piedade, veterana da seleção brasileira e que já teve a chance de atuar com as duas irmãs, Duda conseguiu chegar um pouco mais longe. "Eu estive em Atenas com a Ana e agora com a Duda, que foi para o exterior e adquiriu uma grande qualidade técnica. Ela é alta, mas sem ser lenta, é forte na defesa e muito ágil", conta.Duelo atual. As duas atletas tentarão hoje, ao lado das companheiras de equipe, levar o Brasil à quarta vitória no Grupo A, no qual a seleção feminina está na liderança isolada com 6 pontos, dois a mais do que Rússia, Montenegro e Croácia. A partida é uma repetição do confronto que ocorreu no último Mundial, realizado em São Paulo, quando o País ficou com o quinto lugar ao bater as russas por 36 a 20. "Eu não me recordo se alguma vez na história a seleção feminina da Rússia perdeu por 16 pontos de diferença", diz o técnico Morten Soubak. Dani Piedade acredita que a equipe adversária virá com muita força. "Antes daquela competição, a Rússia era bicampeã mundial. Acho que elas vão vir com um sentimento de revanche." HANDEBOL FEMININO

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