San Jose volta a atuar no palco da tragédia

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Por Raphael Ramos
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Quase um mês depois da morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, o San Jose volta hoje a jogar no Estádio Jesús Bermúdez, em Oruro. Sob forte esquema de segurança, o time boliviano recebe o Millonarios, da Colômbia, pelo Grupo 5 da Libertadores.A fim de evitar a entrada de sinalizadores e rojões, a polícia promete fazer uma revista minuciosa em cada torcedor. "Após a experiência que tivemos na partida contra o Corinthians, vamos controlar a entrada de todos os torcedores, dos dois clubes. Teremos ainda 15 câmeras para evitar problemas nas arquibancadas", disse ao Estado o coronel Héctor Ríos Montaño, diretor da Felcc (Força Especial de Luta Contra o Crime), responsável pela segurança nos estádios.O esquema de segurança foi definido após reunião com dirigentes do San Jose e o governador do departamento de Oruro, Santos Tito.Por causa da morte de Kevin Espada no último dia 20, a Conmebol multou o San Jose em US$ 10 mil (R$ 19,5 mil). Já o Corinthians teve de jogar uma partida com portões fechados, pagou US$ 200 mil (R$ 390 mil) de multa e por 18 meses seus torcedores não poderão acompanhar o time em jogos fora de casa nas competições da Conmebol.Lanterna do Grupo 5 com apenas um ponto - do empate por 1 a 1 com o Corinthians -, o San Jose tem de vencer hoje para ter chances de classificação. Assim, a diretoria resolveu diminuir pela metade os preços dos ingressos para tentar encher o estádio. As entradas mais caras passaram para 50 bolivianos (R$ 15) e as mais baratas para 30 (R$ 9).Em Montevidéu. O jogo entre Nacional e Boca Juniors também será disputado com a segurança reforçada. Cerca de 600 policiais vão trabalhar no Estádio Centenário e os torcedores farão o teste de bafômetro - quem tiver bebido não entrará. Autoridades argentinas passaram à polícia uruguaia uma lista de 115 torcedores do Boca que estão proibidos de ir ao jogo.

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