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Santos vence jogo quente e pode até perder na Vila

Meninos da Vila abrem 2 a 0, permitem empate do São Paulo, fazem gol decisivo no fim, em falha de Rogério, e ficam perto da final

Por Amanda Romanelli e Giuliander Carpes
Atualização:

Não faltou emoção no primeiro clássico das semifinais do Campeonato Paulista. E todos os deslizes foram punidos. Quem errou menos foi o Santos e a equipe que acabou a primeira fase na liderança da competição começou na frente, fez dois gols, mas recuou e sofreu o empate. Aproveitou-se de falha de Rogério para levar vantagem para o jogo da volta: 3 a 2. Pode até perder por um gol na Vila Belmiro que ainda assim vai à final.Na hora da decisão, os treinadores esqueceram a cautela. Tanto o São Paulo quanto o Santos entraram com times fortes no ataque - as formações costumeiras dos últimos jogos, é verdade. Estilos que começam a ficar mais parecidos, os visitantes apostando desde o início da temporada na qualidade e velocidade de Robinho, Neymar, André e Ganso, enquanto os donos da casa se encontraram apenas nos últimos jogos, também na mesma base. Marlos seria a peça para, ao lado de Jorge Wagner, dar mais rapidez à equipe são-paulina. Formações ofensivas, muitos gols, certo? Sim. Cada equipe jogou melhor em um tempo. Mas o São Paulo deixou escapar a chance de reagir e chegou a uma marca negativa de cinco clássicos perdidos no ano.O emocionante clássico teve, no entanto, um ponto negativo: apenas 35.695 pagantes. Muito pouco para a importância do duelo e o bom nível de futebol que as equipes vêm apresentando. Quem foi ao Morumbi viu grandes lances, bonitos gols e algumas jogadas mais ríspidas.O São Paulo começou a partida atacando, chutando a gol principalmente de fora da área. Mas aos poucos o Santos começou a mostrar seu toque de bola e a dominar, muito embora a equipe visitante não tenha conseguido chutar a gol mesmo depois de sair na frente do placar, aos 25 minutos do primeiro tempo.Como? O gol do Santos foi marcado por Junior Cesar, contra. Em mais uma troca de passes dos Meninos da Vila, o veterano Leo fez cruzamento rasteiro que ia para o interior da área. Só que no meio do caminho havia as pernas do desavisado lateral-esquerdo são-paulino. Leo comemorou o gol como se fosse seu. E aí começaram as dancinhas.A vantagem do Santos aumentou. Mais ainda quando, minutos mais tarde, o homem que havia mudado o São Paulo nos últimos jogos, perdeu a linha. Marlos atingiu Robinho e foi expulso. Rogério Ceni correu até a intermediária para reclamar com o árbitro Marcelo Rogério. O time da casa passou então a ser envolvido pela molecada santista. Logo surgiu mais um gol, aos 40 minutos, jogada de Neymar para André finalizar.A sensação da torcida tricolor, no Morumbi, era de que tudo já estava perdido. Se dependesse do discurso santista, a vantagem aumentaria no segundo tempo. "Vamos tentar fazer mais gols para matar a partida", afirmou Paulo Henrique Ganso. Não passou de impressão. Tanto o Santos parou quanto o São Paulo melhorou na segunda metade do jogo, depois da entrada de Cicinho. A inércia santista acabou punida. Aos 8 minutos, Hernanes acendeu a reação. O volante chutou de fora da área e marcou. Nada de dancinha agora. Fato, porém, é que a atmosfera do Morumbi mudou. Pouco depois, aos 22, outro golpe: Dagoberto aproveitou cruzamento de Cicinho para fazer de cabeça 2 a 2. O estádio ficou em chamas.A incerteza dominou as duas torcidas. Qualquer deslize seria fatal. Ainda em condição boa, o Santos reorganizou-se e voltou a tocar a bola. O São Paulo queria mais, buscava reverter o placar para a partida de volta na Vila Belmiro. Os donos da casa acenderam o fogo, mas se queimaram. Rogério falhou, não alcançou cruzamento de Madson. E Durval marcou: 3 a 2 Santos e grande vantagem para a decisão de domingo. CHAVES DO JOGOGol contra e expulsãoO primeiro gol do Santos, aos 25, derrubou o São Paulo, que se complicou ainda mais com a expulsão de Marlos, um dos destaques do time nos últimos jogosHernanes e a garra tricolorO volante são-paulino liderou o time, fez um belo gol e empurrou os companheiros em busca do empate, que parecia improvável depois de o rival ter aberto 2 a 0Durval e a falha de CeniO jogo se encaminhava para o empate, mas o pouco badalado zagueiro Durval tratou de decidir para o Santos, no fim, aproveitando falha de Rogério

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