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São Paulo fala em usar juniores

Clube se irrita com desejo do Azulão de mandar jogo em Presidente Prudente e faz ameaça

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

Em prioridade à Taça Libertadores, o São Paulo ameaça enfrentar o São Caetano com um time de juniores caso a partida seja transferida do ABC para Presidente Prudente. O jogo, válido pela última rodada da fase classificatória do Estadual, está marcado para 5 de abril, um domingo. Na quinta-feira seguinte, dia 9, a equipe enfrentará o Defensor, no Morumbi, no primeiro duelo do returno da competição continental. "Respeitamos o Campeonato Paulista, mas não vamos sacrificar a Taça Libertadores de jeito nenhum. É a nossa prioridade", garantiu o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes. "Se tivermos que jogar lá, vamos montar um time com a base, reunindo os garotos que estão em Cotia. O Muricy receberá essa recomendação." A diretoria tricolor diz ter comunicado ao adversário que não concorda com a mudança e informou que hoje formalizará sua opinião junto à Federação Paulista de Futebol (FPF). O São Caetano alega que a transferência do local da partida é necessária pois o Estádio Anacleto Campanella pode receber, no máximo, 15 mil torcedores. "Não estamos gostando disso", resumiu Lopes. "Espero que prevaleça o bom senso. Entendemos que o São Paulo é uma grande atração e o São Caetano quer ter uma compensação financeira. Mas não concordamos com a escolha e esperamos que a FPF faça sua parte." A distância entre a capital paulista e Presidente Prudente - quase 600 km - é um dos motivos que fazem o time do Morumbi rejeitar a escolha do Prudentão. "O São Caetano nos disse que a Prefeitura oferece hospedagem e traslado, mas de ônibus. Sinceramente, o São Paulo não é time para viajar essa distância em via terrestre", comentou Jesus Lopes. "O fretamento de um voo não sairá por menos de R$ 60 mil. Ou seja, teremos gastos extras." A última vez que o São Paulo jogou na cidade foi em setembro de 2006, quando perdeu para o Palmeiras por 3 a 1, em jogo do Campeonato Brasileiro. O dirigente afirma que não haveria problemas para o São Paulo jogar em outra localidade - desde que a viagem não ultrapasse um limite razoável de tempo. "Nós respeitamos o direito do mandante. Não nos recusamos a jogar fora da cidade. O jogo poderia ser mandado em Jundiaí, Mogi Mirim ou Santo André, por exemplo."

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