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São Silvestre vira preparação para Atenas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A 79ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre será como "um laboratório" para quem está de olho no índice olímpico da maratona. Além de Marilson Gomes dos Santos, que disputará a prova como parte do planejamento para correr uma maratona, em maio, José Telles de Souza tem o objetivo de buscar vaga para os Jogos de Atenas, que acontece de 13 a 29 de agosto. José Telles, de 32 anos, 1,77 metro e 57 quilos, vai correr a Maratona de Paris, dia 4 de abril, buscando tempo próximo a 2h10m. "A São Silvestre é uma boa preparação", acredita ele. Além de correr abaixo de 2h15m, índice definido pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), José Telles terá de estar entre os três melhores maratonistas do Brasil para ficar com uma das vagas olímpicas - Vanderlei Cordeiro de Lima marcou 2h12m38 na Maratona de Fukuoka, André Luís Ramos já fez a distância em 2h09m e existem outros atletas atrás do índice. "O tempo da IAAF é maleável. Difícil vai ser ficar entre os três melhores do País", admite José Telles, que considera a São Silvestre uma prova imprevisível pelas características do percurso. "É um terço descendo, um terço de sobe e desce, e os 3 km de subida da Brigadeiro Luiz Antônio. Tudo pode acontecer." A largada da prova masculina para os 15 quilômetros da São Silvestre será dia 31, às 17 horas, em frente ao Masp, na Avenida Paulista. As mulheres largam às 15h15. Ausências - Este ano, a prova feminina não terá a campeã nem a segunda colocada de 2002. Marizete Rezende e Adriana de Souza, respectivamente as duas melhores da última edição, estão contundidas. Marizete já havia anunciado que não correria. E, nesta sexta-feira, Adriana chorou ao contar como foi o seu ano, na entrevista convocada pela Mizuno para apresentar a equipe para 2004 (700 atletas, 200 de elite). Adriana sofre com uma hérnia de disco. "É uma prova especial", lamenta. Em seis edições, ela obteve dois quartos lugares e um segundo. Maria Cristina Vaqueiro, campeã brasileira e sul-americana dos 5 mil m, só correu uma vez a São Silvestre, há oito anos. Especialista em pista, nesta época do ano sempre está treinando para os 5 mil metros ou para o Mundial de Cross-Country. "Desta vez, decidi fazer a preparação para a São Silvestre", conta. Aos 32 anos, Maria Cristina diz que a colega Sirlene Pinho, de 25, está bem preparada. "Pelos últimos resultados, a Sirlene pode ir ao pódio", avisa. Afinal, em novembro, a fundista venceu os 15 km da Gonzaguinha. E a queniana Margaret Okayo, campeã da Maratona de Nova York? "Aí a coisa é feia... Estou falando das brasileiras, mas é óbvio que estrangeiras como ela são candidatas ao pódio."

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