23 de novembro de 2010 | 20h29
"É um critério político, e o Brasil vai precisar fazer lobby para que essa decisão não seja confirmada. É importante lembrar que em 1997 a Star já tinha sido excluída, mas voltaram atrás", afirmou Scheidt, que é o atual vice-campeão olímpico da classe, depois da prata conquistada nos Jogos de Pequim, em 2008, ao lado do proeiro Bruno Prada.
O Congresso da Isaf fará uma nova reunião em maio, quando Scheidt espera que a decisão de excluir a Star do programa da Olimpíada do Rio seja revertida - para os Jogos de Londres, em 2012, a classe está garantida. Por isso, Scheidt pede que os atletas com visibilidade no esporte façam um "corpo a corpo" para conquistar votos entre os delegados da entidade.
A Star está no programa olímpico desde 1932 e deu as principais medalhas da vela brasileira - além da prata de Scheidt, são duas de ouro e duas de bronze conquistadas por Torben Grael. Mas estaria sendo excluída pela Isaf, para dar lugar a outra classe, por causa dos altos custos (o barco custa 50 mil euros) e da falta de representatividade em países da Ásia e Oceania.
Caso se confirme a exclusão da classe Star, Scheidt vai avaliar suas possibilidades para poder disputar a Olimpíada do Rio. Ele cogita voltar para a Laser, na qual se consagrou mundialmente, mas é provável que migre para a Finn. "A Finn é uma alternativa. Eu teria que ganhar muito peso, engordar 10kg, mas não é impossível", revelou o velejador.
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