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Scheidt: ´faço qualquer sacrifício para competir no Rio´

Velejador venceu pela primeira vez como adulto no torneio e se prepara para o desafio de competir na categoria Laser

Por Agencia Estado
Atualização:

De volta à Laser para o Pan do Rio - a Star não integra o programa -, Robert Scheidt tentará o 4º título na classe em que já tem 8 títulos mundiais. Antes, terá de brigar por uma vaga no Pré-Pan, que vai até o dia 11, no Rio. Seu objetivo maior, porém, é chegar à Olimpíada de Pequim, em 2008, ao lado do proeiro Bruno Prada, na classe Star. Portal Estadão - Como conciliar Star e Laser? Robert Scheidt - É complicado. Dei um descanso ao Bruno porque tivemos um ano puxado. Ele treina a parte física, enquanto tento vaga para o Pan. Retomaremos os treinos na Star logo após o Pré-Pan. Vou ver o que acontece na seletiva para ter clareza de como ficará meu calendário: complicado ou muito complicado. Quero ir ao Pan, por isso, estou fazendo esse sacrifício para voltar à Laser. Se não for, já estou engrenado em outra meta, os Jogos de Pequim, na Star. Se não me classificar para o Pan, terei tempo de treinar na Star, ir ao Mundial de Portugal, em julho, e tentar classificar o País. Como têm sido os treinos? No início do ano, treinei em Ilhabela e fiz treinos físicos em São Paulo. A Laser exige mais treino aeróbico - bicicleta e natação. Estou no peso ideal da Laser, 79 kg. Para a Star, terei de voltar aos 82 kg. Após o Pré-Pan, uma tripulação alemã de Star virá para treinar com a gente. Vamos testar o barco novo e emendar a Pré-Olímpica, em março. Teremos a temporada européia. Será o primeiro semestre mais intenso da minha carreira. Qual a melhor lembrança de Pan? O do primeiro título, em Mar del Plata (na Argentina). Era campeão mundial juvenil e ainda não tinha título adulto. Conheci outros atletas, o Guga (Kuerten), o Róbson Caetano, o Gustavo Borges... Com barcos iguais na Laser, o que o diferencia dos rivais? Tenho paixão pelo que faço, desejo de competir, disciplina, treino... Meu biótipo se adaptou bem à Laser. E não tenho medo de pôr meu título à prova. E disputar o Pan em casa? É por isso que estou me sacrificando. É um momento especial para o esporte brasileiro e torço para que tudo seja bem organizado. Acima de tudo, o que temos de mostrar aos brasileiros é que temos atletas bons em várias modalidades, não só no futebol.

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