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Segurança foi decisiva para saída do Rio

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Por Agencia Estado
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O crônico problema da segurança pública do Rio de Janeiro foi um dos principais motivos da rejeição da postulação da cidade a ser candidata para organizar os Jogos Olímpicos de 2012. A Comissão Executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) atribuiu um conceito baixo a este quesito do projeto da cidade carioca, que possui elevados índices de criminalidade e, neste mês, registrou um aumento no número de pessoas assaltadas na rua e vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte). Divulgado na segunda-feira, o Boletim Mensal de Monitoramento e Análise, do Núcleo de Pesquisa em Justiça Criminal e Segurança Pública (Nupesp) da Secretaria de Segurança do Rio, responsável por acompanhar um total de dez tipos de crime, informou que em comparação ao mesmo período em 2003, o mês de abril registrou um aumento de 23,6% no número de assaltos a pessoas na rua. As ocorrências saltaram de 1.529 para 1.890. Já em latrocínio, foram 21 contra 14 casos no ano passado. Outros indicativos, como homicídio doloso, roubo e furto de veículos, roubo a residência e extorsão mediante seqüestro, sofreram uma ligeira queda, mas permaneceram altos. Por exemplo, em abril de 2003, foram registrados 585 casos de assassinatos contra 514 deste ano. Outro índice considerado alto, o roubo e furto de veículo, passou de 4.660 em 2003 para 4.610 em 2004. A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, rebateu por meio de uma nota oficial a acusação de que a segurança tenha causado a eliminação do Rio. A exemplo do que já havia feito o prefeito Cesar Maia, em recente entrevista à Agência Estado, ela atacou as outras candidaturas. "A segurança não foi um fator preponderante na decisão do Comitê Olímpico Internacional de excluir o Rio de Janeiro das cidades candidatas a sediar as Olimpíadas de 2012. Se assim fosse, Nova York e Madri não teriam permanecido entre as finalistas", escreveu no documento. "Nova York sofreu um atentado em 11 de setembro de 2001, um dos maiores atentados da história, que matou mais de 2.800 pessoas no World Trade Center. Desde então vive sobre constante ameaça, o que a obriga a tomar rígidas medidas de vigilância." Depois de citar o ataque terrorista a Nova York, Madri foi lembrada pela governadora em sua nota. Ela disse que a cidade espanhola "também sofreu um atentado em 11 de março deste ano, no qual explosões simultâneas" em trens "mataram 200 pessoas e feriram duas mil".

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