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Segurança redobrada no Super Bowl

St. Louis Rams e New England Patriots decidem neste domingo o título da NFL, na milionária final da liga de futebol americano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os Estados Unidos têm data marcada para parar. É neste domingo, dia de Super Bowl, a final do futebol americano, que este ano será disputada em New Orleans entre o St. Louis Rams, favorito absoluto em busca de seu segundo título em três anos, e o New England Patriots (ao vivo, às 21 horas, na DirecTV, canal 343, e na FOX, canal 50 da NET). Os dois foram os melhores entre 31 equipes que disputaram o campeonato da NFL. Os Rams conseguiram 14 vitórias e sofreram duas derrotas. Os Patriots terminaram a temporada regular com 11 vitórias e cinco derrotas. Se esses números significam pouco para a realidade brasileira, o mesmo não se pode dizer em relação ao mercado, nacional ou internacional. A audiência do Super Bowl pelo mundo é medida em 180 países, envolve 17 línguas e atinge 700 milhões de telespectadores fora dos Estados Unidos e Canadá. A audiência total chega perto de 1 bilhão de pessoas. Dos 20 eventos mais assistidos na história da tevê americana, 12 são Super Bowls. Não é à toa que um comercial de 30 segundos na tevê durante o evento chega a custar ao anunciante US$ 2,2 milhões. Mais de 72 mil ingressos são comercializados por cambistas - atividade regularizada nos Estados Unidos. Um casal pode gastar até US$ 20 mil para sentar num local privilegiado do Superdome. Lá estarão trabalhando 3 mil jornalistas credenciados, sendo 400 estrangeiros. Os organizadores calculam que essas pessoas vão consumir aproximadamente 4 mil quilos de pipoca e 14,5 de batatinhas chips. O domingo do Super Bowl marca a segunda maior data do ano em consumo total de comida nos Estados Unidos, atrás de Ação de Graças e à frente do Natal. No dia seguinte, cresce em 21% em média a venda de antiácidos e 6% dos americanos aderem ao "call in sick" (telefonam para os chefes, dizem que estão doentes e não vão trabalhar). É mais que um jogo. A popstar Mariah Carey interpretará o Hino Nacional dos Estados Unidos antes da partida. O beatle Paul McCartney homenageará, acompanhado por centenas de pessoas que representarão simbolicamente os países que assistirão ao Super Bowl, os mortos nos atentados de 11 de setembro. Os irlandeses do U2 tocarão seu rock durante o intervalo. Os fãs fazem da NFL a liga norte-americana que mais vende produtos licenciados. A comercialização de camisetas, bonés e adesivos engordam a receita dos times, que atuam como empresas. Para algumas das equipes mais tradicionais como San Francisco 49ers e Dallas Cowboys, não existem ingressos disponíveis para os próximos 5 anos. Prognósticos de especialistas no futebol americano indicam que os Rams devem ganhar dos Patriots por mais de dois touchdowns de vantagem. Kurt Warner, o quarterback dos Rams, é o melhor da temporada: totalizou 4.830 jardas em passes. Os Patriots dependem do braço do quarteback Tom Brady, que pode surpreender. Mas, diante de toda importância desse jogo, a segurança virou prioridade depois dos atentados terroristas de 11 de setembro. Por isso, no Super Bowl vão trabalhar milhares de agentes do FBI, o serviço secreto norte-americano, e da Guarda Nacional. Os arredores do estádio foram bloqueados com cerca dupla, controle de segurança com raio-x e detectores de metais. Pela primeira vez, não se permitirá o acesso das limusines até a porta do Superdome e as personalidades terão de andar até o estádio.

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