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Seleção comemora 25 anos do ouro no Pan-Americano de 87

Comissão técnica e jogadores que venceram os EUA em Indianápolis festejaram as 'bodas de prata' da incrível vitória

Por Valeria Zukeran
Atualização:

Uma alegre reunião de amigos para um almoço no Clube Pinheiros, em São Paulo, marcou o aniversário de um dos maiores feitos da história do esporte brasileiro: os 25 anos da vitória da seleção brasileira masculina de basquete sobre os Estados Unidos nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (120 a 115). Esta foi a primeira derrota em casa da história do basquete norte-americano e o início de uma fase de mudanças no esporte daquele país que culminou na formação do Dream Team de jogadores da NBA na Olimpíada de 1992.O pivô Oscar Schmidt foi ausência sentida no evento - ele não pôde comparecer porque estava nos Estados Unidos - mas o restante do grupo se fez presente, inclusive o técnico Ary Vidal e seu assistente na época, José Medalha, mais o capitão Marcel. O trio fez companhia a Paulinho Villas Boas, Gerson, Pipoka, Rolando, Cadum, Guerrinha, Silvio, Israel, André e Mauri. Os ex-atletas e integrantes da comissão técnica ganharam da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) uma placa comemorativa das "bodas de prata" do ouro pan-americano e a maioria fez questão de comparecer ao evento usando o anel presenteado por Oscar a todos os jogadores por ocasião do aniversário de 20 anos da conquista."Antes do jogo não disse nada para eles", relembra Ary Vidal. "Em certo ponto a gente estava em desvantagem de 16 pontos. O Oscar havia feito sete e o Marcel seis. Pedi tempo e disse: 'vocês não estão fazendo nada. Vamos mandar bola?' Eles responderam: 'Vamos'. E aí tudo aconteceu."Rolando, que na época do Pan estudava nos Estados Unidos, falou sobre o impacto daquela vitória. Disse que teve de andar um mês entre os colegas com a medalha de ouro pendurada no pescoço. "Uma certa noite, na Universidade, dois times jogavam basquete de madrugada, lá pela 1 hora da manhã e, em certo momento, um dos rapazes acertou uma cesta de três e alguém gritou: Oscar Schmidt."Capitão da conquista, Marcel lembra que os norte-americanos estavam tão despreparados para aquela derrota que levaram uma hora para providenciar o hino nacional brasileiro para a cerimônia de premiação. "Fomos para a praça comemorar e eu abria as latas de cerveja com a medalha. Até hoje se você ver minha medalha ela está arranhada nas bordas pelas cervejas que abri com ela aquela noite." / V.Z.

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