Seleção reclama - e muito - da bola olímpica

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Por Daniel Brito
Atualização:

O Brasil abre hoje sua participação na fase final da Liga Mundial de Vôlei, mas não tira a cabeça da Olimpíada de Pequim. E, quem diria, desta vez para protestar. Ontem, o ponteiro Giba, capitão da equipe brasileira, demonstrou toda sua insatisfação com a implementação de uma nova bola a partir dos Jogos, na China, em agosto. Acesse o canal especial dos Jogos "Ela (a bola) é diferente tanto para o saque, como para a recepção", reclamou. "Para acostumar vai ser muito difícil", avisou a estrela da seleção. Disse, ainda, ter treinado apenas duas vezes com a novidade e discorda da maneira como a bola foi incluída nos Jogos de Pequim. "Todas as mudanças do vôlei começam nas competições menores até chegar à Olimpíada", enfatizou. "Foi assim com o surgimento do líbero, por exemplo, e da recepção com o pé. No caso da bola nova, não está sendo assim", disparou. Anunciada com orgulho pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) em novembro, ela tem um design diferente, nas cores azul e amarela, que em pouco lembra uma bola tradicional de vôlei. O material externo também é outro, o que a deixou mais leve, para possibilitar que não proporcione um impacto tão forte nos atletas. A fabricante, no entanto, é a mesma: Mikasa. Nem na Liga Mundial a bola nova está sendo usada: é tida como uma surpresa para Pequim. Bernardinho, como já era de se esperar, reiterou as críticas de Giba. "As mudanças deveriam acontecer ao final de um ciclo olímpico e início de outro. Para nós, que sempre trabalhamos nos limites de todos os mecanismos, qualquer mudança, por menor que seja, é ruim", disse o treinador, em um inglês acelerado, respondendo à pergunta de um jornalista americano, que sequer sabia da novidade, ontem, na entrevista coletiva.

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