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Sem gritaria nos saltos, torcedor fica com sensação de vazio

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Por Camila Moreira
Atualização:

As vaias vêm assustando muitos atletas nos Jogos Pan-Americanos, sejam eles estrangeiros ou brasileiros. As provas dos saltos ornamentais nesta quarta-feira, entretanto, foram a antítese deste comportamento que ameaça arranhar a imagem da competição no Rio de Janeiro. Os poucos gritos no Parque Aquático Maria Lenk surgiam apenas quando os brasileiros Juliana Veloso, Milena Sae, Cassius Duran e César Castro subiam na plataforma ou no trampolim. Nem nos intervalos a gritaria tomava conta do lugar, o que na verdade deixou muitos torcedores com uma sensação de vazio. "É por causa da concentração dos atletas. Vou em estádio de futebol e fica a sensação de que está faltando alguma coisa. Dá para sentir a diferença", disse Thiago Rodrigues, estudante de 23 anos. Como na ginástica artística, quem errava o salto e caía de barriga ou de costas na água ganhava uma nova dose de ânimo dos torcedores, que aplaudiam o saltador. Houve um início de vaias para a norte-americana Haley Ishimatsu quando ela ultrapassou Juliana Veloso na disputa da plataforma de 10 metros, mas os próprios torcedores conseguiram abafá-las com aplausos. "Sabemos as dificuldades que todas têm, e foi feio (a vaia à norte-americana)", disse Juliana, que ficou com o bronze, atrás da prata de Ishimatsu. A saltadora, entretanto, afirmou que esse comportamento não é exclusivo dos brasileiros. "Fui vaiada no México quando estava em disputa com uma mexicana", contou. A medalha de ouro foi da mexicana Paola Espinosa.

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