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Sem verba, Brasil perde direito de sediar Grand Slam de vôlei de praia

País é retirado do calendário oficial de 'última hora' e não receberá o evento pela primeira vez em 25 anos de Circuito Mundial

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Por Redação
Atualização:

Potência da modalidade, o Brasil não vai organizar nenhuma etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia em 2015. Depois de quase ficar sem o seu Grand Slam em 2014, o País já aparece fora do calendário oficial da próxima temporada, divulgado pela Federação Internacional de Vôlei de Praia. Até o ano passado, as etapas de Grand Slam eram as que mais pontos distribuíam para o Circuito Mundial, perdendo apenas para Mundial e Olimpíada (que não acontecem todos os anos). Desde que o Circuito foi criado, em 1989, o Brasil organizava uma etapa. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), porém, vinha oferecendo o direito de organização a promotores especializados (que buscavam patrocinadores) e firmava convênios com prefeituras e governos estaduais, de forma a viabilizar financeiramente o Grand Slam.

O último e controverso Grand Slam da modalidade no Brasil foi disputado em Barueri, em 2014 Foto: Divulgação/FIVB

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Dias depois do estouro do escândalo da CBV, no ano passado, o Grand Slam de 2014, que seria em Fortaleza, foi adiado. Sem o aporte do Banco do Brasil, uma solução demorou a ser encontrada e o evento acabou acontecendo em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, com baixa presença de público e ao lado de uma via expressa. A organização desagradou atletas e dirigentes.

Para este ano, a FIVB criou um novo nível de eventos, os Majors, mas o Brasil seguiu tendo direito apenas a organizar um Grand Slam. Sem confirmação de local, o torneio foi programado para meados de setembro. Nos últimos dias, porém, ele foi retirado do calendário oficial divulgado pela FIVB.

Sem o Brasil, serão cinco etapas de Grand Slam na temporada 2015: Moscou (Rússia), St. Petersburg (EUA), Yokohama (Japão), Long Beach (EUA) e Polônia (sem local confirmado). Outras quatro etapas passaram a ser consideradas da ''Major Series'', em Stavanger (Noruega), Porec (Croácia), Gstaad (Suíça) e Alemanha (sem local confirmado). Os nove eventos terão premiação de US$ 800 mil cada.

O Mundial vai acontecer em quatro cidades da Holanda, com final em Haia, onde tradicionalmente é sediada uma etapa de Grand Slam. A competição, entre 26 de junho e 5 de julho, terá US$ 1 milhão em prêmios.

Outra novidade é a criação de World Tour Finals, entre setembro e outubro, nos EUA, reunindo as oito melhores duplas de cada naipe no Circuito Mundial e US$ 500 mil em prêmios. Também serão considerados os pontos conquistados em etapas Open em Fuzhou (China), Lucerna (Suíça), Praga (República Checa, só feminino), Istambul (Turquia), Sochi (Rússia) e Xiamen (China). Nesses eventos, a premiação será de apenas US$ 75 mil.

Por fim, a FIVB decidiu que os últimos Opens do ano vão valer para a temporada 2015/2016, em uma forma de evitar o esvaziamento deles. Já estão programadas etapas em Puerto Vallarta (México), Doha (Catar) e Mangaung (África do Sul), entre outubro e dezembro de 2015. O Open da Tailândia também foi retirado na nova versão do calendário.

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