31 de outubro de 2010 | 00h00
Logo que chegou no time de São Bernardo, há 6 anos, o garoto teve de cumprir planejamento específico para ganhar peso. "Ele não tinha condições físicas de aguentar o ritmo de treinos. Por isso, às vezes ficava fora para não se desgastar", comenta o preparador físico Marcelo Zangrande. Funcionou - Renan cresceu 20 cm e ganhou 35 kg.
A disparidade peso/altura tem origem na adolescência. "É na fase dos 15 anos que os garotos sofrem o estirão, mas a estrutura muscular não acompanha", explica o preparador.
Outro problema dos mais altos é a agilidade. Tem movimentos que se podem melhorar, outros não. Renan consegue dar peixinho, mas é difícil chegar na bola. "Ele realmente vai demorar mais do que o Gian, que está mais próximo do chão", compara Marcelo.
Para os gigantes ter a capacidade técnica semelhante a dos mais baixos, o ideal é que realizem atividade física desde criança. "É preciso estimular a coordenação e as outras funções antes. Se não, a gente não consegue melhorar a condição do atleta."
Apesar do aval para praticar qualquer esporte, os mais altos não têm muita chance em algumas modalidades. Futebol é uma delas. "Falta velocidade. Mesmo com a perna maior, Renan perderia para o Gian, que tem naturalmente mais explosão pelo seu tamanho", explica Marcelo.
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