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'Ser nº 1 agora não é um objetivo real'

Tenista espanhol continua na lenta recuperação da contusão no joelho e nem pensa em ganhar um Grand Slam no momento

Por Nathalia Garcia e AMANDA ROMANELLI
Atualização:

Para Rafael Nadal, sua vida atual se resume a uma questão: o joelho esquerdo. Enfrentar partidas de alto nível? Ganhar novamente um Grand Slam? Retomar a liderança do ranking? O espanhol afirma, em entrevista ao Estado, que ainda não se permite a pensar em metas ambiciosas. "São coisas que não passam pela minha cabeça. Voltar a ser número 1 não é um objetivo real."

Em sua ausência do circuito, Roger Federer voltou a ser número 1, Djokovic retomou a liderança e Andy Murray ganhou um Grand Slam. O que acha do cenário do tênis sete meses depois?

Acho que o cenário não mudou muito. No Aberto da Austrália, os quatro primeiros do mundo estiveram nas semifinais. As coisas estão parecidas desde quando me retirei; a única diferença é que eu não estava. Agora preciso de um período maior para adaptação e de recuperação e, sobretudo, que o joelho pare de doer.

Depois de tudo o que você passou, ganhar um Grand Slam, ainda este ano, é um objetivo?

O objetivo agora é tentar estar bem, que o joelho deixe de doer. Se isso acontecer em um período de tempo curto, aí os objetivos serão ambiciosos. Se for mais lento, os objetivos serão pensados com calma.

Voltar a ser o nº 1 é uma meta?

Estamos falando de coisas que não passam pela minha cabeça. Agora penso em me recuperar, que o joelho me responda bem, com confiança. Quando isso ocorrer, farei uma preparação adequada para recuperar o nível que eu possa ter perdido. Mas, neste momento, (voltar a ser número 1) não é um objetivo real.

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Você já disse algumas vezes que o seu objetivo é ser feliz jogando tênis. Falta algo para sua felicidade completa?

Normalmente, sempre sou feliz jogando tênis. O que eu necessito é que o joelho pare de me incomodar e eu possa treinar e competir sem limitações. Isso é o que realmente me faz feliz e ainda não tenho essa sensação.

Você descobriu uma deformidade no osso do pé esquerdo em 2005, algo que ameaçou sua carreira. A lesão no joelho te preocupa da mesma forma?

Não. Sobre o joelho, o que me preocupa é o tempo. A questão do pé é muito mais importante, mais perigosa para a minha carreira do que a do joelho. Mas ele está me cobrando mais tempo, então tenho ansiedade, dúvidas.

No seu tempo de recuperação, você pôde se dedicar mais às coisas que tanto gosta, como o golfe e o Real Madrid?

Dediquei meu tempo à família e aos amigos, já que não poderia sair para jogar tênis. Então joguei golfe e o futebol, bom, eu vejo sempre. Mas fiz coisas que habitualmente não consigo.

Viu algo de São Paulo?

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Não conheci nada. Não tive tempo. Treinei, fiz recuperação, me preparei para jogar. É muito difícil, todos os dias temos coisas, como esse compromisso (Nadal deu entrevista no camarote da Gilette, patrocinadora do evento). Gostaria de conhecer o Brasil e espero voltar no futuro.

Antes de 2016?

Espero que sim.

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