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Silvana Lima: ‘Muitas meninas têm talento, falta suporte'

Única representante brasileira no Circuito Mundial lamenta não disputar torneio com outras compatriotas

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Por Redação
Atualização:

No feminino, o Brasil tem uma única representante no Circuito Mundial de Surfe, a cearense Silvana Lima, de 32 anos, que lamenta o fato de não poder contar com outras compatriotas nas etapas internacionais. Para ela, não faltam talentos na nova geração, que poderá ser perdida pela falta de patrocínio e eventos.Quais são suas expectativas para a temporada? São as melhores possíveis. Estou mais do que preparada para essa temporada, tenho um suporte muito bom, estou com meu técnico Iapa Neuronha e acho que isso vai me ajudar. Vou pensar uma bateria por vez e no fim do ano vamos ver o que vai dar.

Principal surfista do Brasil disputará Circuito Mundial de Surfe Foto: Igor Hossmann|Divulgação

Quem são as favoritas ao título nesta temporada? Acho que quem vai brigar pelo troféu são as mesmas atletas que estão nessa disputa há cinco anos, como a Stephanie Gilmore, a atual campeã Tyler Wright e a Carissa Moore, mas acredito no meu potencial e me vejo na disputa. Tem também a Sally Fitzgibbons e outras surfistas estão ganhando mais experiência. Tem umas dez na briga pelo grande sonho de ser campeã mundial.Que objetivos você traçou? Meu objetivo é tentar ver onde cometi erros e mudar. Me preparei bastante e acho que vai ser um grande ano na minha vida. Eu ainda estou na briga, competindo no Circuito Mundial, e graças ao meu talento e às pessoas que acreditam em mim estou aqui. São poucas as meninas que têm esse apoio. Muitas têm talento, mas não têm suporte para competir. Isso é muito complicado.Mais uma vez você é a única brasileira na elite. O que falta para outras surfistas do País chegarem nesta condição? O surfe feminino não está em um momento tão forte quanto o masculino. É bater na mesma tecla, a resposta é sempre complicada. Tinham de perguntar para os empresários de marcas e saber os motivos que preferem apoiar mais os meninos do que as meninas. Os campeonatos são os mesmos, as dificuldades de viagens também. Eu já passo por isso há muito tempo. Acho que falta olharem mais para as meninas e perceberem que elas também têm potencial. Ainda vamos passar por muitas dificuldades, até porque falta competição feminina no Brasil.

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