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Simone Biles é eleita Atleta do Ano pela revista 'Time'

Ginasta teve reconhecida a coragem de ter aberto diálogo sobre sua saúde mental ao abrir mão de provas na Olimpíada de Tóquio

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Por Redação
Atualização:

Simone Biles foi eleita Atleta do Ano em 2021 nesta quinta-feira pela revista americana Time. A ginasta teve reconhecida a sua coragem de ter aberto o diálogo sobre sua saúde mental e priorizado o próprio bem-estar mesmo durante os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. No Japão, a americana abriu mão de disputar várias provas da ginástica artística nas quais era a grande favorita para ganhar a medalha de ouro.

"Biles deixou clara a importância de se priorizar e se recusar a suprir apenas as expectativas externas. Com os olhos do mundo sobre ela, ela deu o passo extraordinário de dizer: 'Isso é o suficiente. Eu sou o suficiente', explicou a publicação para justificar a eleição da ginasta.

A ginasta Simone Biles foi eleita a Atleta do Ano em 2021 pela revista Time. Sua coragem de ter aberto o diálogo sobre sua saúde mental foi destacada pela publicação. Foto: Revista Time/Reprodução

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"Eu acredito que tudo acontece por um motivo. Havia um propósito. Não só consegui usar minha voz, como também ela foi validada", disse Biles em entrevista à revista. "Se a justificativa fosse só a de que eu 'estava desistindo' eu poderia ter feito isso em outras oportunidades. Já passei por tantas coisas neste esporte, que poderia ter desistido por causa de tudo isso, não na Olimpíada", ressaltou.

A reportagem sobre a trajetória de Biles em 2021 lembra ainda que, ao lado de outras ginastas americanas, a medalhista olímpica revelou ter sido vítima de abusos sexuais por parte de Larry Nassar, ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos. Um mês após os Jogos, também chamou atenção do mundo em um testemunho emocionado durante o julgamento de Nassar. Na fala, definiu como "fracasso" a forma como o FBI, a USA Gymnastics e o Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC, na sigla em inglês) lidaram com o caso.

Biles apenas revelou que também havia sido abusada por Nassar um ano após as primeiras denúncias. Atualmente, ela é a única vítima que ainda está competindo profissionalmente. A jovem defende que a USAG e o USOPC sejam responsabilizadas pelo caso. "É muito para uma pessoa. Sinto que a culpa deve recair sobre eles e não sobre nós. Eles deveriam estar sentindo isso (dor), não eu", defendeu.

A ginasta já havia sido reconhecida como uma das personalidades do ano pela revista People, também pela coragem e sinceridade para enfrentar os problemas com sua saúde mental.

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