Só carinho e tranquilidade na Argentina

Desembarque do grupo corintiano é marcado por assédio e pedidos de gols por parte de garotos argentinos do Tucuman

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Por BUENOS AIRES e / F.H.
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Sob os gritos de "Corinthians, Corinthians", entoado com sotaque castelhano por garotos do time infantil de Tucumã, a delegação do Timão desembarcou em Buenos Aires. Cerca de 50 pessoas, praticamente todas argentinas, receberam o finalista da Libertadores, numa chegada que foi calmaria só. Apenas quando se aproximavam do ônibus que alguns arriscaram gritos de "Boca, Boca", mas a maioria ali estava mesmo para incentivar e eles passaram despercebidos.Bem diferente de outras capitais da América do Sul, nas quais os seguranças sofrem para levar os jogadores até o ônibus e a pressão já é visível na chegada. Em Buenos Aires, até agora, o Corinthians se sente em casa.Para se ter uma noção da vida fácil encontrada por jogadores e comissão técnica, o maior trabalho para a delegação foi tirar fotos com entusiasmados jovens do Tucuman, alunos de uma escolinha de futebol que aguardavam para embarcar para a Europa, onde disputarão torneio de sub-10 e sub-11 em Paris e Barcelona pelo CEF 18."Vai ser 3 a 0 para o Corinthians, tenho certeza, sou apaixonado pelo River Plate e sei que o Emerson, o Paulinho e o Danilo vão fazer os gols", dizia, entusiasmado, Eugenio, de 11 anos, que ficou feliz por receber um sinal de positivo do atacante Emerson na janela do ônibus. "Faz um gol pra mim."Tumulto. Ao contrário da chegada a Buenos Aires, o embarque em Cumbica foi mais agitado. Pelo menos uma centena de torcedores compareceu ao aeroporto para apoiar a equipe, que luta pelo feito histórico. Desde a chegada do ônibus ao terminal 1, os atletas foram acompanhados por torcedores, que cantavam o hino do time, escoltando os ídolos e querendo tocá-los, tirar fotos ou apenas dizer um "vai, Corinthians" bem de pertinho.Mas o apoio deixou o início da viagem bastante tumultuado. A delegação corintiana demorou cerca de 20 minutos para conseguir descer do ônibus e caminhar até o portão de embarque internacional, um trajeto de pouco mais de 100 metros, que em condições normais não toma nem um minuto de caminhada.

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