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''Sou abençoado por Deus'', festeja Daniel Alves, após o gol salvador

Por Silvio Barsetti , Luiz Antônio Prosperi e JOHANNESBURGO
Atualização:

Daniel Alves nunca imaginou que entraria na lateral-esquerda, aos 36 minutos do segundo tempo. Sabia que ao ser chamado por Dunga deveria se doar ao máximo e sonhar com uma falta na entrada da área. Deu quase tudo certo - só o cartão amarelo não estava no enredo. "Quando o Dunga mandou me chamar, não passou pela minha cabeça onde eu entraria. Mas estava pronto para jogar em qualquer posição", disse. "Quando ele me falou que era na lateral-esquerda fui com tudo. A posição é difícil pra mim, mas eu tinha de fazer algo mais." Sete minutos depois, Ramires sofreu uma falta quase na risca da grande área. "Peguei a bola e meus companheiros respeitaram. Eles sabem como a gente treina no dia a dia, por isso não me incomodaram. Ficaram ali encobrindo a visão do goleiro", afirmou. "Fui feliz, acertei o chute e fiz o gol. O gol foi do grupo todo." Bola na rede, Daniel Alves correu à procura de uma câmera de tevê. Quando encontrou e ia levantar a camisa, foi sufocado pelos companheiros. Depois dos abraços, insistiu em levantar a camisa para mostrar os nomes de Daniel Filho e Vitória, seus filhos, cunhados no peito. O árbitro suíço Massimo Busacca foi até Daniel e aplicou o cartão amarelo. "Fiquei surpreso. Os nomes não estavam em outra camiseta. São minhas tatuagens. Não entendi o motivo do cartão. Ainda bem que eu não estava pendurado, poderia ficar de fora da final." O dono do gol salvador não sabe se vai ter uma chance de sair jogando contra os EUA. Mas tem uma certeza. "Sou abençoado por Deus. E ele me presenteou com mais um gol importante." Dunga que o diga.

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