PUBLICIDADE

Sullivan bate mais um recorde

Australiano estabelece pela quarta vez no ano a melhor marca dos 50 m livre. Foi a 2.ª quebra em 24 horas

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O nadador Eamon Sullivan voltou a quebrar ontem o recorde mundial dos 50 m livre, pela segunda vez em 24 horas, durante as seletivas da Austrália para a Olimpíada de Pequim, em agosto. Sullivan, de 22 anos, marcou 21s28, no Parque Aquático de Sydney. Foi a quarta vez, em seis semanas, que a marca foi melhorada. Sullivan estava usando o LZR Racer, maiô lançado há um mês. O traje esteve presente em 16 das 17 quebras de recordes de várias distâncias desde 16 de fevereiro e provocou polêmica sobre se sua estrutura ajuda ou não nas marcas e a questão da igualdade - nem todos têm o maiô. Eamon Sullivan é autor de três dos últimos quatro recordes dos 50 m livre. Já havia nadado a distância em 21s41, quinta-feira. O recorde anterior foi quebrado pelo francês Alain Bernard, com 21s50, domingo, no Europeu de Natação de Eindhoven (HOL). Bernard baixou uma marca que era de Sullivan, com 21s56, estabelecida no dia 17 de fevereiro. Antes disso, o recorde pertencia ao russo aposentado da natação, Alexander Popov, e durou quase oito anos - 21s64, feito em 16 de junho de 2000. "É engraçado para mim os 50 m. É uma corrente de energia, tudo acontece muito rápido. Eu, normalmente, não me lembro de nada. Me surpreendeu um pouco", disse Sullivan. Sabe que a marca o coloca como favorito ao pódio olímpico. "Tomara que tremam de medo", disse referindo-se aos rivais que terá em agosto, em Pequim. O nadador de Perth acha, inclusive, que a barreira dos 47 segundos nos 100 m livre, pode cair graças à nova geração, na qual ele, o francês Alain Bernard, o brasileiro César Cielo se incluem, entre outros bons velocistas. "Há muitos bons nadadores e que nadam rápido. Eles mostram ao mundo que isso não é impossível." O recorde está em poder de Alain Bernard, com o tempo de 47s50, feito no dia 22 de março. A Federação Internacional de Natação (Fina) aprovou o novo maiô, antes do lançamento, mas depois do número de recordes quebrados no início de temporada deverá rediscutir o assunto em reunião no Mundial de Piscina Curta de Manchester, de 9 a 13 de abril. Os dirigentes do Canadá proibiram o uso do LZR Racer, da Speedo - que custa US$ 800 - nas seletivas do país para a Olimpíada. Pierre Lafontaine, da Federação de Natação do Canadá, justificou a medida dizendo que era "para garantir igualdade na seletiva" entre os que têm ou não o traje. Também no Campeonato Universitário americano, em jardas (o metro é o parâmetro para recordes mundiais), o maiô foi vetado também para garantir a igualdade entre competidores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.