PUBLICIDADE

Publicidade

Tergat não acredita em recorde olímpico

Por Agencia Estado
Atualização:

O queniano Paul Tergat, o corredor de maratona mais rápido do mundo na atualidade, acha impossível o recorde mundial ser batido na Olimpíada de Atenas. E o motivo é simples: o percurso olímpico ? de Marathon ao Estádio Panathinaiko, palco da primeira Olimpíada da Era Moderna, em 1896 ? é tão difícil que o tempo do ganhador pode ficar mais de 15 minutos acima do recorde que Tergat estabeleceu em Berlim (2h04m55), em setembro de 2003. ?O vencedor vai precisar de 2h20?, afirmou Tergat, em Roma. O fundista, de 34 anos, é bem conhecido dos brasileiros por ser pentacampeão da São Silvestre. O técnico Ricardo D?Angelo, do bicampeão pan-americano Vanderlei Cordeiro de Lima, também acha que a maratona não será rápida em Atenas. Vanderlei conhece o percurso olímpico, já utilizado na maratona do Mundial de Atletismo de 1997, e o treinador sabe bem das condições que os corredores poderão encontrar ao longo dos 42.195 metros em agosto, na Grécia. D?Angelo acentua que não será uma ?maratona rápida?, mas uma ?prova aberta?, sem favoritos tão absolutos. Em 1997, a vitória ficou com o espanhol Abel Anton (2h13m16), seguido pelo compatriota Martin Fiz. Segundo D?Angelo, o percurso de Atenas tem características que favorecem atletas com perfil de corredores de cross country. ?Tem uma subida, no quilômetro 30, não muito longa, mas tão difícil quanto a da Rua Brigadeiro Luiz Antônio na São Silvestre. É um percurso em que o atleta tem de ser rápido, resistente e estar acostumado a condições adversas?, resume o treinador, acrescentando que previsões apontam para um dos verões mais quentes dos últimos 50 anos em Atenas. Vanderlei tem índice para a Olimpíada. Para ir a Atenas, porém, precisa estar entre os três melhores do Brasil até maio. Segue para Paipa, na Colômbia, em fevereiro, para oito semanas de preparação em altitude (a cidade está a 2.700 metros), e tem planos de correr uma maratona em abril, em Hamburgo ou Paris.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.