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Tite ''sofre'' com o melhor dos problemas

Diversidade de opções para o meio-campo e o ataque deixa técnico do Corinthians em dúvida [br]sobre quem será titular

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Por Fábio Hecico
Atualização:

O técnico Tite não sabe o que fazer com tantas opções para a armação e o ataque do Corinthians. Com a volta de Jorge Henrique (cumpriu suspensão) e Liedson (recuperado de artroscopia no joelho), o treinador conta com seis jogadores para apenas quatro vagas, o que o faz até perder a voz ao ser questionado sobre quem joga. "Não é mistério, quero esperar até amanhã (hoje) para definir a equipe", afirma, de cara, após fazer uma brincadeira com os jornalistas. "Hoje (ontem) eu queria estar do lado de vocês, fazendo as perguntas."No começo do Brasileiro, com a equipe embalada por série de vitórias, o técnico não teve dúvidas em manter Alex e Emerson no banco. Tinha a desculpa de que Danilo, Jorge Henrique, Willian e Liedson estavam correspondendo e que os reservas famosos ainda precisavam de melhor preparo físico.A história mudou quando o treinador se viu obrigado a usar Alex e Emerson. O meia "deu conta do recado" - palavras do chefe -, enquanto o atacante não pode ser crucificado por não brilhar como centroavante, função que não era a sua e, mesmo assim, o atleta se dispôs a fazer.Preocupado em não perder o controle do grupo, Tite analisa com cuidado a situação. Sacar Emerson seria queimar o jogador. Mas deixar Liedson no banco representaria abrir mão do artilheiro do ano, com 16 gols.E no caso de Jorge Henrique? Onde ficaria a coerência tão pregada por ele, segundo a qual um jogador que sai por cartão merece voltar, pois não deixou o time por questões técnicas. Mas seria justo frear a ascensão de Alex? Danilo parece intocável, enquanto Willian é a única opção de velocidade pelas beiradas do campo.Bom problema. Tite ri. Um sorriso amarelo. Vê-lo esfregando as mãos é sinal de tensão. Todas as respostas sobre a formação da equipe do meio para a frente vêm depois de segundos de silêncio. Para "piorar" sua situação, daqui a 15 dias, no máximo, terá Adriano nos treinos com bola."Tenho seis jogadores para quatro vagas. Emerson na frente ou Liedson? Não posso arriscar, seria irresponsável. Tenho de ver com o departamento físico para saber quanto tenho de margem de segurança (tempo que o atleta aguenta em campo)", diz. "E se optar por velocidade, deixo dois jogadores aberto dos lados, mas podemos ter dois armadores de retenção, ou um de velocidade."O técnico definirá hoje os escolhidos. Mas uma coisa é certa: como não pensa em improvisar um jogador ofensivo na lateral-esquerda, vai desagradar a duas pessoas. "É, tenho de ser competente, coerente e justo."

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