PUBLICIDADE

Torben Grael terminou a regata rouco

Leia mais sobre a Volvo Ocean Race no Webventure

Por Agencia Estado
Atualização:

Torben Grael, no comando do barco Brasil 1, terminou rouco a regata desta segunda-feira, de tanto gritar com sua tripulação, numa prova com vento fortíssimo e manobras complicadas. O vento que soprou na Table Bay, a baía da Cidade do Cabo, África do Sul, dificultou a tarefa das sete tripulações na segunda regata local da Volvo Ocean Race, a prova de volta ao mundo. Quem errou numa prova de percurso, que exigia várias manobras para contornar as bóias, pagou o preço. O Brasil 1 cruzou em quarto lugar e o vencedor da regata in-port foi o holandês ABN Amro 1, que é o líder da classificação geral da Volvo Ocean Race. Com isso, o Brasil 1 largará no dia 2 de janeiro, para Melbourne (Austrália), na vice-liderança da Volvo Ocean Race, com 12,5 pontos ganhos, atrás apenas do ABN Amro 1, que tem 15 pontos. O vento esteve sempre forte nesta segunda-feira, perto dos 30 nós (54 km/h). Chegou a 45 nós (72 km/h) nas rajadas. Isso tornou a regata emocionante para o público e dramática para as tripulações. O barco holandês foi o único que não errou manobras, mostrando que está bem treinado. ?O importante é que chegamos sem nenhuma quebra. Fiquei até sem voz, tendo de gritar o tempo todo. O vento dificulta a comunicação e tem de se fazer muitas manobras. Cometemos vários erros, mas todos erram com um barco tão potente e uma tripulação tão pequena. Acaba sendo vela demais para poucas pessoas?, resumiu Torben Grael, de 45 anos, dono de cinco medalhas olímpicas (ouro, na Star, em Atlanta/96 e Atenas/2004; bronze, na Star, em Seul/88 e Sydney/2000; prata, na Soling, em Los Angeles/84). ?Velejamos em condições duras. O barco mostrou que é forte, mas poderíamos ter sido melhores nas manobras. O ABN foi quem fez menos besteira e venceu?, resumiu Marcelo Ferreira. Alan Adler, que integra o grupo do Brasil 1 nas regatas locais, quando é permitido velejar com 11 tripulantes, foi claro. ?Chegamos a estar praticamente em segundo, mas por um problema de comunicação erramos ao tirar a vela balão e caímos para quinto. Foi bom, acabamos ficando em quarto?, explicou. O clima dentro do barco, segundo Alan Adler, chega a ser de caos na hora do nervosismo, com os tripulantes falando línguas diferentes. ?Começamos a falar português e eles não entendem nada?, revelou. Entre seus tripulantes, o Brasil 1 tem espanhol, neozelandês, holandês e norueguês, além dos brasileiros.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.