Dois torcedores do Palmeiras foram esfaqueados após o jogo de anteontem, na vitória do time sobre a Ponte Preta, por 2 a 1, no Palestra Itália. O acusado é um segurança de 41 anos, funcionário de uma empresa que presta serviços ao clube. O presidente da Mancha Alviverde, Jânio Carvalho, era um dos mais revoltados. "Vamos processar o clube por ter um funcionário armado. E o cara que se cuide, porque se o clube não fizer nada, a gente faz", ameaçou Carvalho, em entrevista à Rádio Jovem Pan. "Eu volto para a cadeia, mas volto por um motivo justo." Durante o jogo, Jânio se desentendeu com o segurança. Após a partida, uma das vítimas, Lucas Alves, de 18 anos, contou que passava pela Rua Padre Antônio Tomás quando viu o segurança saindo em um carro e mostrou a um amigo, Noel Barros, de 18 anos. "Falei que era o segurança que estava discutindo com o presidente (da Mancha). Ele veio com a faca para cima do Noel." Alves disse que, ao ver o amigo ferido, empurrou o segurança para dentro do estacionamento, para separá-los. "Ele falou que ia cortar minha cabeça. Coloquei o braço na frente, para me defender, e também fui agredido. Aí outros torcedores foram para cima dele." Testemunhas afirmam que pelo menos sete palmeirenses, armados com pedaços de madeira, agrediram o segurança. O suposto agressor prestou depoimento no 23º DP e garantiu não ter esfaqueado ninguém. José Cyrillo Júnior, diretor administrativo do Palmeiras, acredita que o clube não sofrerá punição. "O segurança não era do clube e, na hora da confusão, ele não estava mais em serviço", declarou. COLABOROU DANIEL AKSTEIN BATISTA