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Torcida já pega no pé de Keirrison

Na visão da arquibancada, atacante faz ?corpo mole?; direção discorda

Por Daniel Akstein Batista
Atualização:

Minutos após o fim do jogo contra o Sport, anteontem, no Palestra Itália, pela Libertadores, alguns torcedores ainda decepcionados com o empate por 1 a 1 xingaram e pediram mais raça ao atacante Keirrison. Estão todos descontentes com as últimas atuações do atleta de 20 anos, que não repete o mesmo desempenho que encantou a torcida no início de temporada. Tanto o técnico Vanderlei Luxemburgo como a diretoria tratam de ignorar a pressão que tentam colocar no jogador. A maior reclamação dos torcedores é de que Keirrison, ao contrário de Diego Souza e de Cleiton Xavier, pouco tem se esforçado em campo. O treinador irritou-se ao saber que alguns palmeirenses estavam descontentes com o camisa 9 na quarta-feira. "Culpar ele (pelo empate)? Não tem nada a ver", disse. Embora Keirrison seja o artilheiro do Campeonato Paulista (13 gols) e da Libertadores (6), é inegável que tenha caído de produção nas últimas partidas. Chegou a ficar quatro jogos sem marcar, e Luxemburgo pediu para que ele esquecesse as especulações sobre uma possível transferência e se concentrasse apenas em jogar bola. Na semana passada, disse que ficou contente com o retorno que o atacante deu em campo. Amanhã, no Palestra Itália, na segunda partida da semifinal do Estadual contra o Santos, um dirigente do Lyon, da França, estará de olho em Keirrison. E um cartola do Barcelona também já esteve no Brasil para observar o jogador. "Ele (Keirrison) já passou por isso (boatos sobre saída) no Coritiba, no ano passado", lembra Toninho Cecílio, gerente de futebol. "Ele tem sido efetivo, não podemos julgá-lo por um ou dois jogos. A marcação nele está mais forte nas partidas decisivas." Keirrison diz que as críticas não o incomodam. Foram dele os últimos dois gols do time - na derrota por 2 a 1 para o Santos, semana passada, e no empate com o Sport. Mesmo com a artilharia no Paulista e na Libertadores, o camisa 9 sofre pressão. "É um pouco de exagero", diz o dirigente Genaro Marino.

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