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Torcida paraguaia ''esquece'' o time da casa

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Por Fábio Hecico e ASSUNÇÃO
Atualização:

A festa que os torcedores fazem no Brasil para ver seu time na Libertadores, com casa cheia e clima de Copa do Mundo, não é a mesma que a de alguns pequenos clubes de outros países. Os fãs do Nacional ignoraram a equipe no duelo com o São Paulo. Só 700 pessoas - metade são-paulinos -, com um batuque fora de ritmo e escassas bandeiras, se arriscaram a ver o terceiro jogo na competição.Nas bilheterias do Defensores de Chaco - ou boleterias, como se diz em Assunção - o duelo não era nem mencionado. O cartaz anunciava a venda de entradas para Sport Colômbia x Olímpia, sábado, pelo campeonato local. Num estádio vazio, poucos jogadores das categorias de base se preocupavam só em ver jogos da Liga Europa. "Mas também, não é para menos. Chegamos (oito integrantes da uniformizada são-paulina Dragões da Real) na quarta-feira e fomos ao estádio ver Luqueño x Libertad. Ruim. O nível do futebol paraguaio é fraquíssimo e o Nacional consegue estar lá pra trás na tabela", disse André Azevedo, presidente da organizada, que faz de tudo para levar ao menos um representante são-paulino aos jogos. "E aqui não podíamos faltar, é o paraíso das compras."Por tomar conta da torcida, ele não tem um patrão. Já os outros... "Perdi uns três empregos para seguir o São Paulo", emendou Dirceu Lima, com um sorriso maroto no rosto.Com alegria indisfarçável, Hediene Zara contou sua aventura para chegar ao Defensores del Chaco. O jovem de São João da Boa Vista, interior de São Paulo, convenceu o chefe palmeirense a gastar as horas extras por folga. Livre, quase perde o ônibus para São Paulo, o transporte para o aeroporto e, por fim, o voo. "Tudo por cinco minutos. Que batalha!"F. H.

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