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Trampolim: César Castro quer fazer nome

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Por Agencia Estado
Atualização:

Oscar foi soberano no basquete brasileiro, assim como Senna no automobilismo. Espelhando-se nestes ícones do esporte do País, o brasiliense César Castro, dos saltos ornamentais, manda um recado para quem não o conhece. "Podem marcar meu nome. Se Deus quiser, vou colocá-lo entre os grandes do esporte." Aos 21 anos, o atleta patrocinado por Faculdades Mackenzie e Correios estréia em Olimpíadas. Em Atenas, o objetivo é chegar até às finais no trampolim de 3 metros, ou seja, entre os 12 melhores - são 24 concorrentes na prova. Sabe ser difícil ?roubar? medalhas de chineses, russos, canadenses e mexicanos. "É difícil ganhar agora", afirma o saltador, 14.º no Mundial e primeiro brasileiro a ter medalha (bronze) no Circuito Mundial dos Estados Unidos, em 2002. Seu objetivo é estar no pódio da Olimpíada de 2008, em Pequim. "No trampolim não existe, até hoje, campeão olímpico com menos de 24 anos", constata. "Em 2008 estarei com 25." Para realizar o feito dedica-se a treinos em exaustivas 7 horas diárias, de segunda a sábado, das 8 às 12 e das 14 às 17. Mesmo com a maratona, não descansa nas folgas. Ao contrário, tem dia cheio. Gosta de ir a shopping, cinema, namorar e, claro, praticar esportes. Não fica sem as partidas de tênis. "Faço questão, pelo menos uma hora", garante. Até para este lazer, tem táticas. Quando está cansado e quer levantar o astral, escolhe Álvaro, um de seus amigos mais próximos. "Ele é mais fraco e aí dá para eu ganhar," brinca. André é o rival para fortes e corridas disputas. Brincadeira - César conheceu o trampolim por brincadeira. Gostava de nadar e via os outros garotos dando "cambalhotas". Com 9 anos resolveu imitá-los. E, em poucos dias, já desafiava os amigos. "Vamos ver quem faz melhor?", dizia. Quando plantava bananeiras no trampolim, assustava aos pais, Jorge e Gilda. Provou não ter perigo e ganhou o incentivo. Aos 15 anos já disputava competições. Agora, aprimora seu salto secreto que poderá dar grande resultado em Atenas. Mas nada de inventar. Sabe que um erro é fatal. "Para mim é um salto novo, que vai valer grande nota." Para aprender, tenta valer-se da amizade com os cubanos, mexicanos e italianos - os mais descontraídos e acessíveis. Considera russos e chineses "frios".

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