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Tribunal decide hoje o futuro de Rebeca Gusmão

Corte Arbitral do Esporte analisa apelo de nadadora brasileira flagrada duas vezes no exame antidoping

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Por Redação
Atualização:

Rebeca Gusmão define hoje seu futuro na natação, com o julgamento na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, na Suíça. Se a atleta, banida da modalidade desde setembro do ano passado, não conseguir reverter o quadro, será o fim de sua carreira nas piscinas. "Ela está nervosa, mas é o normal em casos como esse", disse o advogado da atleta, Breno Tannuri, que ontem já estava na Europa. O profissional está confiante de que poderá convencer os árbitros de que houve falha na "cadeia de custódia" (procedimentos para garantir a confiabilidade do exame antidoping) na ocasião da análise das amostras de urina de sua cliente. Rebeca foi defenestrada das piscinas pela Federação Internacional de Natação (Fina) há seis meses, depois de ter sido condenada em seu segundo caso de doping. O primeiro foi em maio de 2006, durante o torneio José Finkel. Depois, a atleta foi flagrada em um exame feito dias antes de sua participação nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho de 2007, e perdeu as medalhas conquistadas no evento. Como, pelas regras da Fina, atleta flagrado no antidoping duas vezes não pode mais competir, Rebeca foi banida. Em maio do ano passado, a nadadora tentou anular sua primeira punição no CAS. A corte decidiu que não tinha competência para julgar o caso, e a punição da Fina foi mantida. O doping positivo não foi o único problema de Rebeca no Pan. Além do exame com testosterona acima do normal, feito antes do evento, a nadadora teve outras três amostras coletadas após a conquista de medalhas na competição. Os resultados das análises deram negativo, mas, a pedido do presidente da Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Eduardo De Rose, todo o material foi reavaliado pelo laboratório Sonda-UFRJ. O intuito era encontrar amostras de DNA. Em dois dos três exames analisados foram achadas células epiteliais que não pertenciam à mesma pessoa. O escândalo foi parar na polícia e, posteriormente, Rebeca Gusmão acabou sendo denunciada pelo Ministério Público por falsidade ideológica. Esse caso ainda não foi julgado. Sem poder participar de provas de natação, Rebeca Gusmão passou a treinar em uma equipe de futebol feminino de Brasília, onde mora. Na semana passada, a atleta participou de uma partida amistosa, no Rio, e atuou como atacante. ENTENDA O CASO 13 de julho de 2007 - Antes do Pan, a Federação Internacional de Natação (Fina) fez exame antidoping em Rebeca Gusmão. O resultado apontou a presença de testosterona acima do permitido e que o hormônio não havia sido produzido pelo corpo da nadadora. Rebeca foi suspensa. 2008 - Rebeca já havia tido outro resultado positivo para testosterona em exame do Troféu José Finkel de 2006. A atleta foi suspensa pela Fina e tentou reverter a punição na Corte Arbitral do Esporte (CAS), sem sucesso.

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