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Tribunal mantém suspensão de Marizete

Por Agencia Estado
Atualização:

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Brasileira de Atletismo manteve, por unanimidade, na noite desta segunda-feira, a suspensão por dois anos da atleta Marizete de Paula Rezende. Ela foi julgada por causa do resultado positivo em exame antidoping realizado após a Maratona Internacional do Rio de Janeiro, em agosto do ano passado. A atleta procurou mostrar-se tranqüila após a decisão. "O importante é que no dia 31 de agosto do ano que vem eu estarei de volta. E vou mostrar a todo mundo que não ganhei aquela prova por causa do remédio que tomei". Os sete auditores concluíram que Marizete foi, no mínimo, negligente quanto à sua condição de atleta ao fazer uso dos medicamentos Noripurum e Eprex, em cujas fórmulas continham a substância Eritropoitina (EPO), proibida pelo Comitê Antidoping da IAAF. "Houve o fato. Apesar da brilhante defesa apresentada, não tenho como deixar de manter a suspensão de dois anos como manda a lei", disse ao votar o relator do processo, Afrimar Cabo Verde. O advogado Luciano Costins, o mesmo que defendeu a atleta Maurren Maggi, tentou convencer os auditores da inocência de Marizete. Segundo ele, a atleta tem sérios problemas de anemia e estava utilizando o EPO sob recomendação médica. "Ele sofre disso há muito tempo. Tem inclusive dois ciclos menstruais", alegou o advogado. Marizete explicou, ainda, que relatou durante o exame antidoping que vinha fazendo uso desta medicação. O problema é que o EPO tem, segundo a IAAF, poderes medicamentosos suficientes para realmente aumentar a potência muscular dos atletas. Conforme rebateu o auditor Caupolican Junior, "o uso desta substância altera de forma decisiva a oxigenação muscular, deixando o atleta com chances maiores de um bom resultado". Apesar do resultado negativo, Marizete fez questão de manter o sorriso. Somente quando os votos eram apresentados, ela escondeu o rosto entre as mãos e deu a entender que estava sofrendo. Em seguida, no entanto, falou normalmente, prometendo manter a forma para voltar em grande estilo. "Não vou parar um minuto de treinar. Quero provar que os meus resultados foram conseguidos com muito treino, esforço e dedicação. Será assim que continuará. Não vou desanimar em momento algum", garantiu. Com o resultado do julgamento desta segunda-feira, a atleta está suspensa até o dia 31 de agosto de 2005, quando se completam dois anos da prova na qual foi constatado o doping. O advogado Luciano Costins vai tentar uma redução de pena, mas reconhece que será uma tarefa muito difícil.

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