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Turistas vão se chocar com banheiros nativos

A sorte é que o governo está agindo

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Por Redação
Atualização:

Notórios por seu mau cheiro e sujeira, os milhares de banheiros públicos de Pequim se transformarão durante o período da Olimpíada, quando um exército de 8.000 pessoas se encarregará de limpá-los e garantir o suprimento de papel higiênico, luxo inexistente atualmente. A ida ao banheiro é um dos maiores choques culturais que os estrangeiros experimentam na China. O primeiro problema é a escassez de vasos sanitários nos moldes ocidentais, já que os chineses preferem utilizar a versão que é um buraco no chão emoldurado com porcelana para a colocação dos pés. O modelo exige habilidade física para permanência na posição de cócoras, que nem todos os turistas exibem. Os banheiros públicos, incluindo os dos pontos turísticos, também estão longe de exibir condições de limpeza adequadas. Além disso, muitos refletem uma noção de privacidade totalmente distinta da que prevalece no Ocidente e nem sempre há portas ou divisórias entre os sanitários. A ofensiva dos banheiros é a mais recente das iniciativas das autoridades de Pequim para adaptar os hábitos locais à cultura dos visitantes ocidentais. No ano passado, o governo lançou uma "campanha de bons modos", para tentar convencer os moradores da capital a respeitarem filas, não escarrarem na rua e jogarem o lixo no lixo. A situação melhorou, principalmente em relação às filas, mas o hábito de escarrar está longe de ser abandonado. O característico som vulcânico continua a ser ouvido na cidade, ainda que com menos freqüência que há um ano. Outro terreno onde a falta de gentileza continua a imperar é o trânsito de Pequim, onde motoristas avançam buzinando sobre pedestres, mesmo que eles estejam na faixa de segurança. A situação deverá melhorar durante os Jogos, com início no dia 8 de agosto, já que grande parte da frota de veículos deixará de circular na cidade, graças à adoção do rodízio que vai alternar placas com final par e ímpar.

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