UCI pede documentos a Comitê sobre denúncias de doping no ciclismo

Presidente da organização, Brian Cookson quer investigar caso de 90 ciclistas pegos antes de tomar decisão sobre exclusão da Astana

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A União Internacional de Ciclismo (UCI) não quer ficar às margens das novas revelações sobre a trama de dopagem que agitam a Itália e que têm novamente como protagonista o inabilitado doutor Michele Ferrari. Após conhecer a relação do médico com a Astana e seu envolvimento no caso de doping, em que o jornal Gazzetta Dello Sport diz que 90 ciclistas foram flagrados no exame, o presidente da UCI, Brian Cookson, solicitou às autoridades italianas a documentação do Tribunal de Pádua, encarregado de julgar o caso.

PUBLICIDADE

A UCI quer mais detalhes das recentes revelações para saber se deve ou não emitir licença para a Astana disputar provas oficiais da Federação em 2015. "É importante olharmos os documentos que consideramos de grande interesse e não centrarmos apenas no que se publica na imprensa. Por isso, pedimos ao CONI (Comitê Olímpico Nacional Italiano) que compartilhem os documentos conosco", disse o mandatário ao especializado Velonews.

O novo escândalo de doping no ciclismo poderia influenciar na decisão da Comissão de Licenças da UCI, que em um primeiro momento excluiu a Astana da lista de escuderias do Tour Mundial. Vencedor da última edição da Volta da França, Vincenzo Nibali é o principal atleta da equipe italiana.

Astana pode ser excluída por UCI Foto: Divulgação

"Essas novas revelações estão dando lugar a uma reflexão. A valoração prévia da comissão de licenças não levou em conta esses novos acontecimentos", disse Cookson. A Comissão teria previsto emitir nesta quarta uma decisão sobre a Astana, mas poderia atrasar um pouco a decisão final para evitar "reações viscerais", e insistiu que atuará com firmeza e equilíbrio.

A ideia de Cookson é evitar uma situação como a que viveu a Katusha em 2012, quando a esquadra russa foi excluída do Tour Mundial e mais tarde reintegrada após o TAS apresentar recurso. "Não quero entrar em uma situação como aquela, mas estamos decididos a atuar com firmeza. É vital tratar o tema de maneira correta, com integridade, com o apoio legal adequado e assegurar que qualquer decisão tomada seja absolutamente defensável".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.