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Uma festa merecida

Palmeiras mostra raça, joga bem, vence o São Paulo por 2 a 0, no Palestra Itália, e vai à final contra a Ponte Preta

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Por Martín Fernandez e Daniel Akstein Batista
Atualização:

file://imagem/93/valdivia.jpg:1.93.12.2008-04-21.30 Com mais bola, mais controle dos nervos e uma falha de Rogério Ceni, o Palmeiras eliminou o São Paulo e chegou à final do Campeonato Paulista pela primeira vez em nove anos. A incontestável vitória por 2 a 0, ontem, no Palestra Itália, foi construída com ótima atuação das estrelas e dos coadjuvantes, numa tarde em que houve gás no vestiário tricolor e apagão no segundo tempo, curiosamente após o segundo gol alviverde. Assista aos gols de Léo Lima e Valdivia e às entrevistas dos jogadores dos dois times pós-jogo Dois gols, um em cada etapa - do operário Léo Lima e do mago Valdivia -, sepultaram o São Paulo, que teve atuação bem abaixo do esperado. Até Rogério Ceni errou. Contra a Ponte Preta, o Palmeiras tentará conquistar seu primeiro Paulista desde 1996. Os dois jogos ainda não têm local definido. Valdivia ganhou com sobras o duelo dos camisas 10. Apagado no primeiro confronto, o chileno ontem jogou tudo o que sabe. Criou as melhores jogadas do Palmeiras, irritou os são-paulinos e ainda marcou o segundo gol. ''O São Paulo é um time grande, mas nós entramos com mais fome'', festejou. Ao time do Morumbi realmente faltou vontade. As equipes fizeram um jogo igual até os 20 minutos do primeiro tempo. Fábio Santos ainda dava conta de Valdivia, Hernanes atrapalhava as manobras de Diego Souza e os dois atacantes do Palmeiras - Kléber e Alex Mineiro - estavam sempre bem marcados pelos zagueiros tricolores. O São Paulo mostrou claramente que atuou pelo empate. O esquema de Muricy Ramalho era o mesmo de sempre. Segurar tudo lá atrás e tentar um gol no contra-ataque. Mas a bola custava a chegar até Adriano. O camisa 10 passou boa parte do jogo de braços abertos, reclamando dos companheiros. Nas poucas vezes em que recebeu em boas condições, o artilheiro desperdiçou. Perdeu as divididas para Henrique e Gustavo. Com as principais armas neutralizadas, o Palmeiras abriu o marcador com Léo Lima. O volante chutou forte da intermediária, no meio do gol, e contou com ajuda de Rogério Ceni, que falhou: 1 a 0. A diferença no placar se transformou também em superioridade no campo. O Palmeiras passou a mandar no jogo. No segundo tempo, Muricy fez o que pôde - pôs Borges no lugar de Dagoberto, Hugo na vaga de Júnior e até o garoto Sérgio Mota, que substituiu Joilson. O São Paulo pressionou, criou algumas chances, mas não chegou ao gol. Valdivia, num de seus vários truques, conseguiu cavar a expulsão de André Dias, aos 34 do segundo tempo. Cinco minutos depois, num contra-ataque, o Palmeiras resolveu a partida. Wendel arrancou pela direita e deixou o chileno livre para marcar o segundo e eliminar o São Paulo. Na comemoração, o meia dançou, provocou os rivais e irritou os são-paulinos.

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