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"Uma sexta-feira negra" para os EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

A derrota do ?Dream Team? no basquete masculino, a eliminação do 4x100m feminino e o fracasso da superestrela Marion Jones nos Jogos Olímpicos de Atenas, levaram a imprensa norte-americana a classificar a data de 27 de agosto como a ?mais infeliz na história do esporte americano?. A ?sexta-feira negra?, como chamaram vários jornais neste sábado, deixou uma magra coleta para o quadro de medalhas dos EUA, que só obteve uma das 20 de ouro que estavam em disputa. A notícia de maior impacto foi a derrota da chamada "Equipe dos Sonhos" diante da seleção da Argentina, por 89 a 81, que impediu os norte-americanos de ganhar o quarto título olímpico seguido desde que os profissionais da NBA estrearam nos Jogos de Barcelona-92 ?A pátria do basquete foi apedrejada?, diz um título do ?Los Angeles Times? deste sábado, enquanto outros como o ?Washington Post? destacam: ?Reinado das estrelas da NBA termina diante da Argentina nas semifinais?. Num artigo de fundo, na página de esportes, esse jornal qualifica este resultado como ?o momento mais humilhante na história do basquete americano? e ressalta: ?Com seu triunfo, a Argentina acabou com um domínio dos Estados Unidos que incluia 12 medalhas de ouro e um recorde de 109 a 2 nos Jogos Olímpicos?. Para o ?US Today?, ?o poderio e a ivencibilidade dos Estados Unidos no basquete ficou para trás. Os melhores jogadores do mundo podem estar na NBA, mas no momento a melhor equipe é a Argentina?. Alguns jornais também se referem à decepcionante atuação da velocista Marion Jones nestes Jogos, da qual se despediu com as mãos vazias, depois de ganhar cinco medalhas em Sydney 2000. ?Marion Jones, que foi o Michael Phelps dos Jogos de 2000, foi riscada do Estádio Olímpico?, afirmou o ?US Today?. Outros órgãos destacam que a superestrela das pistas teve má sorte em Atenas, pois ficou a uns centímetros da medalha de bronze no salto em distância e perdeu a grande chance de levar o ouro por uma falha na área da passagem do bastão na prova dos 4x100m rasos. A imagem de uma Jones desesperada para entregar o bastão à sua companheira Lauryn Williams, na terceira passagem, foi repetida em várias ocasiões pelas televisões locais?. Em Pequim - Marion Jones, entretanto, parece não ter ficado muito abalada com seus resultados em Atenas. Apesar dos 32 anos que terá, ela prometeu disputar os Jogos Olímpicos de Pequim 200. ?Definitivamente sim?, respondeu a atleta quando lhe perguntaram se pensava em seguir até a próxima edição dos Jogos. ?Depois da temporada em branco por causa do nascimento de Monty (seu filho com o velocista Tim Montgomery), e os primeiros treinamentos de qualidade, tinha grandes ambições, mas nenhuma foi obtida na realidade?, disse Marion Jones. Conforme destacou a atleta norte-americana, ?agora tenho que pensar na próxima temporada. Não me resta outra coisa do que me concentrar nos Mundiais de Helsinque?, que serão disputados no próximo ano.

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