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Usain Bolt vence os 200 m no GP de Atletismo da Grécia

Dono da melhor marca do mundo nos 100 metros, jamaicano segue firme na preparação para as Olimpíadas

Por Amanda Romanelli
Atualização:

A pista de atletismo do Estádio Olímpico de Atenas viu neste domingo um verdadeiro passeio de dois recordistas mundiais no Grande Prêmio da Grécia. Principais estrelas do torneio, o jamaicano Usain Bolt, dono da melhor marca do mundo nos 100 metros (9s72), e o cubano Dayron Robles, que exatamente um mês atrás baixou em 0s01 o recorde dos 110 metros com barreiras (fez 12s87), continuam firmes na preparação para os Jogos de Pequim, que começam em menos de um mês. Bolt conseguiu seu melhor tempo pessoal nos 200 metros, prova em que é o atual vice-campeão mundial. Voou na pista ateniense e encerrou a corrida em 19s67, baixando em 0s08 sua marca anterior. Ao passar na linha de chegada, levantou a torcida grega - que viu o antilhano Brendan Christian ser o segundo colocado com 20s36 -, que aproveitou a agradável noite de domingo para ocupar boa parte do estádio - a competição começou às 20 horas locais (14 horas de Brasília) e terminou quase quatro horas depois. "Fiquei muito satisfeito com a minha performance. A torcida me ajudou bastante", disse o jamaicano, que não tem participado de provas de 100 m por pura tática. Da mesma maneira, tem escondido parte de sua preparação até Pequim. "A verdade é que ainda não sei o que vou fazer até o início da Olimpíada. Quem me avisa para onde vou ou para onde não vou é o meu técnico (Glen Mills)", afirmou. Com a proximidade dos Jogos, contudo, a busca do recorde mundial também nos 200 metros ficará em segundo plano. "Esse é um objetivo que ficará para o ano que vem". A melhor marca do mundo ainda é de Michael Johnson (19s32), conquistada 12 anos atrás. Já o cubano Dayron Robles tenta evitar um novo adversário, o favoritismo. Em um mês, tornou-se o homem que pode bater um dos maiores astros chineses dentro de sua própria casa, quando conseguiu superar o recorde mundial de Liu Xiang, marca que já durava dois anos. "Tento não pensar nisso. Meu técnico (Santiago Antunez) diz que eu serei campeão olímpico, mas sinceramente acho que mais de um atleta tem chance de vencer essa prova", apontou o corredor, que neste domingo ganhou com 13s04, à frente de David Payne, dos EUA, segundo colocado com 13s27. Robles admite que, em Pequim, encontrará em Liu um adversário de peso, e coloca os atletas americanos como rivais em potencial. Mas não teme o apoio incondicional da torcida da casa por um de seus astros. "Claro que correr em um estádio cheio é emocionante, mas isso também pode me ajudar. Depende como a pessoa enfrenta a situação. Quero chegar primeiro à final, depois, tudo pode acontecer."

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