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Vaias foram justas, diz Dunga

Técnico admite péssima atuação, mas procura mostrar tranqüilidade

Por Bruno Lousada , e Silvio Barsetti
Atualização:

A tranqüilidade de Dunga no comando da seleção brasileira durou apenas três dias. A vitória em Santiago, diante do Chile, por 3 a 0, foi apagada após o desastroso empate com a Bolívia sem gols, ontem à noite, no Engenhão. O treinador sabe que as críticas serão grandes até os próximos jogos das Eliminatórias, no mês que vem, diante de Venezuela e Colômbia. Demonstrando calma, o técnico respondeu a todas as perguntas da coletiva após o jogo e disse que concordou com as vaias dos mais de 30 mil torcedores. "Foram justas. Quando não se joga bem é normal o público se expressar dessa forma." Dunga indicou alguns pontos que considerou problemáticos na equipe ontem. "Não conseguimos dar velocidade às jogadas e com isso a bola não chegava às laterais, onde poderíamos conseguir furar o bloqueio do adversário." O treinador afirmou que os jogadores tentaram repetir o bom futebol apresentado contra o Chile e acabaram deixando a ansiedade tomar conta do grupo. "Como não conseguimos o gol rapidamente, o nervosismo acabou atrapalhando." O técnico da seleção brasileira afirmou, ainda, que pediu uma maior movimentação na segunda etapa, mas a equipe seguiu tentando os lançamentos longos diante da bem postada, apesar de limitada, zaga boliviana. "As jogadas não davam seqüência e não conseguíamos ficar com a posse de bola." O Brasil não empatava com a Bolívia em casa desde as Eliminatórias de 85, quando o duelo terminou em igualdade por 1 a 1, no Morumbi. Os bolivianos festejaram o ponto ganho no Engenhão como se fosse final de campeonato, afinal somavam sete anos de derrotas em jogos no campo do adversário. "Ninguém lembra que nós vencemos o Chile após 48 anos", disse Dunga, ainda sem demonstrar nervosismo. Diego recebeu o segundo cartão amarelo e está suspenso do jogo contra a Venezuela. Com isso, abre espaço para a escalação de Kaká, recuperado de contusão no joelho (leia abaixo). Dunga não quis adiantar a convocação do jogador do Milan, mas certamente irá chamá-lo. Isso, é claro, se ainda estiver no comando. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está preocupada com a ausência de bom futebol.

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