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Vanderlei coleciona elogios

Rivais se tornam fãs na despedida do veterano

Por Bruno Deiro e Giuliander Carpes
Atualização:

A admiração dos jovens corredores brasileiros é a marca da despedida de Vanderlei Cordeiro de Lima como atleta profissional. Mesmo sem nunca ter vencido a São Silvestre, o fundista de 39 anos é reverenciado pelas principais esperanças do Brasil na prova de hoje. "Foi uma das minhas inspirações para chegar até aqui", afirma o mineiro Franck Caldeira, 25 anos. "Lembro de torcer por ele na São Silvestre em 1995." A persistência do veterano corredor paranaense é apontada como principal exemplo a ser seguido. "É o meu maior ídolo no esporte, um cara que não desiste nunca, não se abala" diz Maria Zeferina Baldaia, campeã da São Silvestre em 2001. "A despedida dele é uma grande tristeza." A consagração internacional do paranaense, com a medalha de bronze nos Jogos de Atenas, em 2004, alimenta o sonho da nova geração de atletas brasileiros. "Ele é tudo para nós", afirma a alagoana Marily dos Santos, 29 anos, que representou o Brasil nos Jogos de Pequim. "Mesmo como atleta amador, continuará sendo uma grande inspiração para nós, profissionais, que continuamos lutando." O baiano Giomar Pereira da Silva, segundo colocado da Corrida Nike 10K do Rio de Janeiro, brincou com o sucesso do principal fundista brasileiro. "Quero pedir a ele que me passe os patrocínios dele." Vanderlei faz sua despedida na mesma prova que o revelou nacionalmente. O 4º lugar na São Silvestre de 1992 foi o primeiro resultado expressivo na carreira do atleta paranaense. Seu melhor desempenho na corrida paulista veio em 1996, com um 3º lugar. Ainda se recuperando de uma lesão no púbis, Vanderlei descartou chances de pódio e garantiu um tom festivo n a prova de hoje. "Não vou buscar resultado, o mais importante vai ser a participação", disse o corredor, que não participa da prova desde 2005, quando terminou em 14º lugar. "Não tenho preocupação com marca ou colocação, quero apenas ir até o final da prova."

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