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Vanderlei em busca do ouro olímpico

Por Agencia Estado
Atualização:

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) julga nesta sexta-feira, na Suíça, o caso do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, que luta para ganhar o ouro olímpico na Justiça. Ele liderava a maratona nos Jogos de Atenas, no ano passado, quando foi atacado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan e acabou terminando a prova em terceiro lugar, com a medalha de bronze. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) defende que a medalha de ouro seja dada para Vanderlei, mas sem prejuízo ao italiano Stefano Baldini, que ganhou a prova em Atenas. Em Lausanne, onde ocorrerá o julgamento, a estratégia do COB será a de mostrar que o ataque do ex-padre irlandês trouxe prejuízos físicos e morais para Vanderlei, influenciando em seu desempenho final. Do outro lado da mesa estará a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), que defende a manutenção do resultado da prova. "Vamos tentar demonstrar que a agressão teve um efeito no ritmo e na concentração do atleta", afirmou a superintendente jurídica do COB, Ana Luiza Pinheiro. Em declarações à Agência Estado, o secretário-geral do CAS, Matthieu Reeb, revelou que, desde o final dos Jogos de Atenas, sete casos já foram levados ao tribunal. Todos os resultados das provas, por enquanto, foram mantidos e os árbitros não modificaram as decisões olímpicas. Para ser a exceção, portanto, a delegação brasileira estará composta por uma verdadeira equipe de técnicos e advogados. Serão quatro representantes do COB, o próprio Vanderlei Cordeiro de Lima e o grego Polyvios Kossivas, cidadão que estava acompanhando a prova em Atenas e ajudou o brasileiro a se livrar do ataque. "Queremos que Polyvios Kossivas atue como testemunha no processo e conte o que ocorreu", explicou a superintendente jurídica do COB, Ana Luiza Pinheiro. A delegação brasileira ainda conta com alguns peritos, como o técnico Carlos Alberto Cavalheiro, o maratonista Luiz Antônio dos Santos e o próprio treinador de Vanderlei, Ricardo D´Angelo. Esses especialistas vão dizer aos árbitros o efeito de uma agressão para o desempenho de atleta. O COB levará como testemunha até mesmo Paul Mckinnon, que comandou as operações de segurança durante os Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000. Na avaliação da entidade, houve uma falha na segurança do evento que precisa ser levada em consideração. Três árbitros avaliarão a questão e a decisão será tomada por maioria dos votos. Mas o CAS não garante que o resultado saia no mesmo dia do julgamento. "A previsão é de que a audiência dure todo o dia", explicou Matthieu Reeb.

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