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Vela: brasileiros empolgam holandeses

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os experientes velejadores holandeses estão empolgados com a vontade demonstrada pelos brasileiros na seletiva para a regata de volta ao mundo, em Portimão, Portugal, sede da equipe ABN Amro, que entrará na prova com dois sindicatos - um dos veleiros terá tripulação profissional e outro de amadores (daqueles que conhecem muito de vela, é claro), comandados por velejadores profissionais. Nesta sexta-feira os brasileiros Edgardo Vieytes, Lucas Brun e André Mirsky, que participam do "vestibular" desde 2004, ficarão sabendo a dupla escolhida para ganhar as águas do planeta a partir de novembro, quando for dada a largada para a regata volta ao mundo, em Vigo, Espanha. Devido ao critério seletivo e também por uma estratégia de marketing, Brasil, Holanda e Estados Unidos têm duas vagas asseguradas, ou seja, seis tripulantes. Dois australianos e um britânico brigam pelos outros dois lugares a bordo do ABN-2. Todo o processo seletivo para o ?barco amador? tem sido desenvolvido e acompanhado pelo diretor de Vela da empresa, Roy Heiner, um dos comandantes do barco holandês que deu a volta ao mundo na regata de 1998, e pelos técnicos Hans Horrevoets e Maurice Paardenkooper, responsável pela equipe olímpica holandesa nos Jogos de Atenas. Horrevoets não tem dúvidas sobre a capacidade dos candidatos brasileiros. "Estão mostrando muita determinação, o que é indispensável para se disputar uma regata em mar aberto durante longo tempo. Ainda têm muito a aprender, mas até a prova começar estarão em excelente nível. Estou impressionado." A opinião reflete o pensamento dos demais avaliadores holandeses da seletiva mundial. Apesar de o Brasil ser uma potência mundial na vela olímpica, Heiner chegou a se preocupar com o desempenho dos velejadores em uma competição oceânica. "Não sabia se possuíam a experiência suficiente para dar uma volta ao mundo e se poderiam falar inglês, necessário para uma comunicação imediata a bordo." Porém, o responsável pela seletiva ficou surpreso. "Desde o início do processo velejamos com mais de 80 candidatos. Até agora os brasileiros foram os que mais evoluíram. Estou seguro de que não ficam atrás dos representantes de outros países." Embora envolvidos no processo de seleção, os holandeses não desviam as atenções de futuros adversários, como o barco Brasil 1, do comandante Torben Grael, que logo deixará o estaleiro para a inédita participação do País na prova oceânica. "Tanto o ABN-1, quanto o veleiro de Torben, possuem ótimas tripulações. Provavelmente nosso time estará mais focado nas etapas longas, navegadas nos mares do sul. Creio que os brasileiros vão priorizar as regatas locais, em cada porto de parada e as pernas mais curtas", prevê o diplomático Horrevoets, dizendo que torcerá pelo sucesso das duas equipes. "Como todos os trechos valem pontos importantes, acredito que será uma competição muito igual entre os dois veleiros."

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