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Vento está do jeito que Torben gosta

Por Agencia Estado
Atualização:

A raia olímpica em Atenas fica em meio ao encontro de ventos que sopram do mar e da terra. Oscilam muito, tanto que acabam sendo ideais para um dos maiores velejadores do mundo, o brasileiro Torben Grael, que corre na classe Star com o proeiro Marcelo Ferreira. "Realmente, estou acostumado a velejar assim. Para a gente é bom. Mas também é perigoso, sempre é um risco. A regata não é uma corrida de cavalo, certinha...", disse Torben, depois de um segundo lugar na regata desta segunda-feira em Agios Kosmas (a segunda foi cancelada por falta de vento). A dupla brasileira está na liderança e parece estar "sobrando", mas o velejador segura a euforia: lembra que apesar de o rendimento apresentado pelos dois estar sendo bom, hoje mesmo teve de recuperar posições várias vezes. "Tem de estar esperto. Não dá nem para piscar." Torben e Marcelo contam com um barco novo, que tem inovações interessantes, como a quilha que é esculpida na máquina, "praticamente uma quilha perfeita", como observa o proeiro. A vela é semelhante à de Atlanta/96 (quando a dupla foi ouro), com cortes diferentes da vela de Sydney/2000 (quando foi bronze). Segundo Marcelo, contam ainda a experiência e o entrosamento, "além da velejada, que é mais importante que a velocidade", para acertar as rondadas. "E o Torben é especialista em vento rondado..." Marcelo baixou para 105 kg, para somar o total permitido na classe (Torben está com 90). E disse que nunca esteve tão calmo em Olimpíada. "Está bonito mas ainda falta muito", disse o proeiro sobre a boa performance exibida pela dupla de muita regularidade. "Ainda falta um campeonato inteiro. Ainda faltam seis regatas..." Sim, mas com cinco regatas disputadas, das 11 previstas, a pior colocação dos brasileiros foi um quinto lugar em 17 veleiros. Depois vêm um quarto lugar, dois primeiros e o segundo desta segunda-feira. Estão com oito pontos perdidos. Os segundos colocados na classificação geral são os canadenses Ross MacDonald e Mike Wolfs, com 15. Os terceiros, os dinamarqueses Nicklas Holm e Claus Olesen, com 19... E daí para mais.

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