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Venturini: ''No coração, veio a vontade de voltar''

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Por Heleni Felippe
Atualização:

A levantadora Fernanda Venturini justificou ontem seu pedido ao técnico José Roberto Guimarães para disputar a Olimpíada de Pequim: ''Tomei a decisão porque no meu coração veio essa vontade de ganhar uma Olimpíada''. Aos 37 anos, Fernanda observou que esteve perto do ouro olímpico duas vezes, chegou a sentir o gostinho do título, mas amargou a frustração - em Atlanta/96 ganhou o bronze e em Atenas/2004 ficou em quarto. Agora acha que pode ajudar o grupo com sua experiência. ''Estive perto dessa medalha. Em Atlanta, o Brasil quase foi à final - perdemos para Cuba por 3 a 2. E depois em Atenas, quando ganhávamos aquele set das russas por 24 a 19. Por isso, pensei e falei para ele (Zé Roberto) o que sentia'', disse. Em 2004, o Brasil esteve a um ponto da vitória que levaria a equipe à decisão do ouro, mas acabou perdendo da Rússia por 3 a 2. Fernanda mandou um e-mail para Zé Roberto, mas o técnico ainda não disse se mudará seus planos - anuncia a lista, com 19 nomes, após a Superliga, este mês. ''Com certeza, vai conversar comigo a respeito.'' Não comenta a polêmica que a envolveu, após a Olimpíada de Atenas, e estremeceu o relacionamento com o treinador (teria discutido erros e acertos da equipe com o marido, Bernardinho, técnico da seleção masculina). Mas acha que Zé Roberto nada tem contra ela. A levantadora garante não querer o lugar de Fofão - Carol Albuquerque e Fabíola também exercem a função. ''Não quero o lugar de ninguém, até porque estou parada. Mas sou competitiva... Claro que quero jogar, se voltar. Sou movida a desafios, mas também posso ajudar com minha experiência.'' Fernanda está longe das quadras há um ano. Mas diz que segue atlética, ''mais forte e seca''. Vive no Rio, corre em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas, malha três vezes por semana, pratica tênis e ainda joga na ''rataria'' do vôlei de praia, como chama as partidas sem regras oficiais, no fim de semana.

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