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Verônica Hipólito conquista a prata em seu retorno ao Parapan e se emociona

Brasileira passou os dois últimos anos se recuperando de duas cirurgias na cabeça e ficou em segundo lugar nos Jogos de Lima

Por João Prata
Atualização:

Verônica Hipólito se emocionou com a medalha de prata conquistada nesta segunda-feira nos 200m do atletismo classe T37 nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. A conquista teve um sabor especial para a brasileira, que nos dois últimos anos passou por duas cirurgias na cabeça e chegou a pensar que nem conseguiria mais andar.

"Vitória dedico a todos nós. Todos nós temos problemas. Não importa o tamanho, você tem um. Temos que focar na solução. A gente acreditando junto a gente conquista. Vamos melhorar o mundo, a gente consegue. Várias vezes achei que não ia dar, mas deu graças ao apoio de todos vocês", disse ao Globoesporte.com. 

Verônica Hipólito se emocionou com a conquista da prata. Foto: Washington Alves/EXEMPLUS/CPB)

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Ela terminou a prova em 30s99, atrás da americana Jaleen (28s30) e na frente da argentina Lis Yamila Scaroni (31s53), que ficou com o bronze. Verônica ainda competirá nos 200m livre e no revezamento 4x100m. 

Apesar de ter faturado três ouros e uma prata em Toronto-2015, a sensação para ela foi de estreia. Isso porque duas das cirurgias que ela enfrentou aconteceram entre 2017 e 2018. Os problemas fizeram com que ela mudasse de classe, da T38 que era de paralisia só de um membro do corpo, para a T37, que é para quem tem uma paralisia um pouco maior.

"Dei uma contribuição para o quadro de medalhas. Já conquistamos mais de cem medalha. Queremos muito inspirar vocês porque nossa meta é terminar em primeiro lugar. Não foi fácil chegar até aqui, mas agora vamos dar um passo de cada vez e ir em busca de mais porque somos competitivos", comentou.

Verônica sofreu um AVC quando tinha 12 anos, depois precisou tirar 90% do intestino grosso e enfrentou três cirurgias na cabeça porque seu corpo produz tumores. 

Os dois últimos anos foram difíceis para Verônica. Ela passou longos dias internada, ficou meses com uma sonda nas costas, tinha dificuldades para dormir e não conseguia comer direito. 2019 foi o ano da recuperação. Ela voltou a treinar em janeiro e participou da primeira competição em abril. Havia a dúvida se daria tempo de participar do Parapan.

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