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Vôlei: Finasa encara cubanas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um dos melhores confrontos da Copa Salonpas, torneio interclubes feminino de vôlei com seis times de quatro países, acontecerá nesta terça-feira, às 18 horas: o brasileiro Finasa/Osasco, que briga pelo tricampeonato da competição, enfrenta o cubano Havana Club, outro forte candidato ao título. Em seguida, às 20h, o peruano Club de Regatas Lima tenta a primeira vitória diante do time alemão do USC/Münster. Os dois jogos, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, terão transmissão da Bandsports. Do lado do Finasa, a líder em quadra é a ponta Nikolle, de apenas 19 anos e 1,84 metro. Ela é a maior pontuadora da competição até agora, com 37 marcados em duas partidas. Mineira de Sabará, a jogadora está empolgada com a boa fase que o time enfrenta. "Estou contente em poder ajudar o Finasa nesta competição importante. Acredito que estou tendo um bom desempenho, mas isso só está sendo possível em razão do apoio das demais jogadoras e da dedicação nos treinamentos", afirmou Nikolle, que também faz questão de elogiar entrosamento com as levantadoras Gisele e Ana Cristina e a comissão técnica, liderada por José Roberto Guimarães. Zé Roberto, que comandou a seleção brasileira até os Jogos Olímpicos de Atenas, conhece bem o estilo das adversárias desta terça-feira. O time do Havana Club tem cinco jogadoras que levaram Cuba à medalha de bronze na última Olimpíada, com vitória justamente sobre o Brasil. "Acho que eles vão adotar o mesmo sistema de jogo, sempre com um ataque forte. Sem dúvida, será um compromisso difícil e que vamos tentar garantir mais uma vitória", disse o treinador do Finasa. No outro jogo do dia, entre Club de Regatas Lima e USC/Münster, as atenções estarão voltadas para a veterana Rosa Garcia. A levantadora do time peruano, ela tem 40 anos e deve se aposentar após a Copa Salonpas. Rosa Garcia é a última remanescentes da seleção peruana que dominou o vôlei na América do Sul durante as décadas de 70 e 80 e chegou ao seu auge na Olimpíada de Seul/88, quando conquistou a prata, só perdendo a final para a poderosa ex-URSS. "Paro este ano de jogar voleibol para ser técnica das escolinhas de base que temos em Lima", afirmou a jogadora, que há dois anos operou o joelho e ainda não se recuperou completamente. "Este será o meu último ano no voleibol. Estou jogando doente, mas continuo porque amo o esporte e jogo pelo time e não por mim mesma." Rosa Garcia sabe que dificilmente seu time estará entre os quatro semifinalistas. "Desde 1988 não conseguimos produzir boas equipes. Nosso país esqueceu de investir nas categorias de base, falta patrocínio. Estamos em um nível diferente em comparação aos demais países. Sou um referencial porque as melhores atletas já não jogam no Peru", concluiu.

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