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Vôlei: Mari é a "Sokolova" do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Marianne Steibrecher, a Mari, jogadora de 1,89 m e 21 anos, joga bem na ponta, no meio e na saída de rede e ainda é eficiente no passe. A polivalente loira de olhos verdes e pele clara tem personalidade fria, herança de família, vinda de avós russos e alemães. Teve carreira meteórica, a partir do último Campeonato Paulista, passando pela Superliga Nacional, e chegando à seleção, como titular, na mesma temnporada. Mari é a "Sokolova" do Brasil. "A semelhança é que ela ataca todo tipo de bola, faz meio, ponta e saída e eu também tenho esse privilégio de ter aprendido tudo. É esse tipo de comparação, de saber bater bola alta, bola rápida... Também o sangue frio, a tranquilidade? Pode ser, né. Ela tem sangue russo e eu também", afirmou a jogadora, que foi chamada pela levantadora Fernanda Venturini, quando as duas atuaram juntas na última temporada, pelo Finasa/Osasco, de Sokolova. Evolução - A polivalência Mari herdou de sua formação. "Quando comecei, era a mais alta do time e fui jogar pelo meio. Em Londrina, tinha de fazer saída de rede. Em São Paulo, comecei a ser ponta." Também confirma a frieza que lhe é atribuída. "A Fernanda (Venturini) sempre me chama de Sokolova. Não está em mim sair pulando quando derrubo uma bola. Pode ser pela minha origem. Até os 5 anos, só falava alemão. Quando entrei na escola, pedi a minha mãe, Guisela, para falarmos português em casa. Hoje, ainda entendo, mas já não me lembro do alemão." Mari confirma a fama de mulher de gelo quando define como se sente disputando a sua primeira Olimpíada, em Atenas. Na verdade, nem se lembra que está em uma Olímpiada. "Para mim está sendo um campeonato que eu sei que eu tenho de jogar, não dá tempo de ficar nervosa, ficar pensando que é uma Olimpíada... Tenho de entrar, jogar e acho que é igual a todas as outras. Penso só no jogo." Mari observa que o jogo contra a Rússia é parecido com o dos Estados Unidos, de bola alta, jogadoras muito altas, fortes. "Jogo difícil, com certeza, mas que o Brasil pode ganhar." A maior preocupação de Mari é que terá de enfrentar, e vencer, um bloqueio muito alto.

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