PUBLICIDADE

Publicidade

Vôlei masculino: Brasil vence Holanda

Equipe do técnico Bernardinho marcou 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 24/26, 25/21 e 25/19, pela terceira rodada do Grupo B. Seleção brasileira segue invicto na competição, enquanto os holandeses perderam pela segunda vez.

Por Agencia Estado
Atualização:

Esta é a primeira Olimpíada em que técnico de vôlei pode ficar em pé ao lado da quadra. Em Sydney/2000, com a seleção feminina, Bernardo Rezende ainda ficava amarrado ao banco, desesperado. Aqui em Atenas, Bernardinho faz até os movimentos de vai-e-vém de recepção, cobertura de bloqueio e defesa... Dá tapinha na mão de jogador por cima da linha, no maior cuidado para não pisar no branco pintado na quadra verde. Quando lembrado disso, sorri. É realmente um alívio, essa liberdade. E foi também dessa forma mais descontraída que o Brasil passou nesta quinta-feira pela Holanda por 3 sets a 1, em Faliro, parciais de 25/22, 24/26, 25/21 e 25/19. O pai-novíssimo Giba deu show de alegria, principalmente no primeiro set, André desconcertou o bloqueio adversário. E os holandeses na verdade só conseguiram fazer mais pontos quando os brasileiros mostraram momentos de desconcentração e deixaram o oposto Schuil ir somando seus 30 pontos, mais que um set inteiro para seu time. Agora é a Rússia - sábado, às 21h30. Jogo para saque muito forte, para se conseguir velocidade de ataque - o jeito de quebrar a muralha do bloqueio desses rivais. Verdade que o bloqueio não conseguiu achar o número 6 Schuil. Mas o ataque mostrou uma versatilidade de jogadas armadas pelo levantador Ricardinho de deixar adversário zonzo. Giba podia aparecer pelas duas pontas, por trás, pelo meio. André Heller e Gustavo também eram bastante acionados pelo meio. Pegar o canhoto André, então, passou a ser um tormento para os holandeses. Assim como as defesas do ligadíssimo líbero Escadinha. No geral, os brasileiros falaram de suas falhas, mas destacaram também a lucidez, a consciência do jogo, como lembrou Ricardinho, que se disse "o óleo da engrenagem" do time, a mando do técnico. "Com concentração maior que contra a Itália, o ataque foi mais distribuído - e surtiu efeito." Papai - Giba era só felicidade pelo nascimento da garotinha Nicoll, a "adiantada" (a cesárea de Cristina Pirv era para o dia 31). Quando soube, às "cinco e meia da manhã" desta quinta-feira (horário grego) que a mulher tinha ido para o hospital, começou a suar, ficou muito ansioso. "Recebi o apoio de todos os pais da Seleção - o Giovane, o Escadinha, o Gustavo... Hoje cedo ainda estava nervoso, pois foi como uma luz para mim. Descarreguei tudo na bola!" Bernardinho gostou da firmeza mental do grupo, depois do desgaste contra a Itália. "A equipe ficou ansiosa para parar o Schuil, aquele que tem um braço que vai no tornozelo e que mostrou um ataque muito variado, como um jogo de sinuca muito forte. E tivemos alguns erros de ataque e contra-ataque, mas o time soube se manter buscando cada ponto." Sobre a Rússia, falou que arrisca saque e corre para armar o bloqueio. Assim, é buscar ponto a ponto, também sacando forte e tentando impor velocidade de ataque. "Temos muito material para estudar. E por sorte jogamos de manhã hoje e teremos tempo, porque o jogo é só às 21h30 do sábado (15h30 de Brasília)."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.