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Vôlei masculino contra tática dos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Contra os Estados Unidos, semifinal desta sexta-feira em Faliro, às 15h30 de Brasília, Bernardo Rezende quer a Seleção Brasileira de vôlei masculino preparada para enfrentar adversários muito táticos e inteligentes, dirigido por Doug Beal, um dos técnicos mais detalhistas do vôlei internacional. Quer que o time saiba jogar atrás se necessário, acreditando até o fim, como os próprios norte-americanos fizeram contra a Grécia, virando um jogo no tie-break depois de começar dois sets atrás. E não um time como o grego, com medo de ganhar - o que aparece entre aqueles que não estão acostumados a vencer. Passando, a equipe do técnico Bernardinho parte para a conquista da medalha de ouro no domingo, contra o vencedor da preliminar, Rússia e Itália, às 13h30 de Brasília. O treinador brasileiro havia se armado de vários vídeos dos adversários, para assistir e analisar com seus jogadores nesta quinta-feira. Como havia perdido para os norte-americanos sem três jogadores (dois de seus principais - o levantador Lloy Ball e o oposto Stanley), também poupando seus próprios atletas, Bernardinho queria assistir ao jogo que esses rivais fizeram contra os gregos. Queria ver como o time dos Estados Unidos esteve armado nessa partida, para a virada de 3 a 2. "Eles têm esse poder de reação, que beira a arrogância. Por isso, antes de ver umas duas ou três fitas deles, não vou dormir", disse, quase à uma hora da manhã desta quinta-feira, depois dos 3 a 0 sobre a Polônia. Revanche - Doug Beal é o técnico que conquistou o ouro olímpico em Los Angeles/84, quando perdeu um jogo para o Brasil, marcando todas as jogadas para ganhar incontestavelmente na final. Bernardinho estava lá, como levantador reserva. Desta vez, foi ele quem perdeu para Beal antes. E estudaria o máximo que pudesse para a semifinal deste sábado. Os brasileiros sabem que, contra os norte-americanos, têm de contar mais do que nunca com muita paciência, para enfrentar um bloqueio bem colocado, para garantir volume de jogo. Giba, que passa por momento muito especial, como ele próprio comentou, com o nascimento da filha Nicoll, lembra da dificuldade do bloqueio por parte dos brasileiros, pela altura dos adversários - até do levantador Ball, que tem 2,03 m, e grande experiência, aos 32 anos. "Mas temos quatro anos juntos. Somos como uma família. A fase boa é de todos. E temos apenas mais dois jogos..." Todos fazem questão de lembrar que, além de os Estados Unidos terem tradição no vôlei mundial - mesmo não contando com clubes em seu próprio país -, esses adversários virão para o jogo deste sábado com moral pela reação contra a Grécia. Por isso, é preciso driblar esse perigo com paciência e uma dose exata de agressividade, segundo o capitão Nalbert.

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