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Volta da França deu chance a amadores

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Por Agencia Estado
Atualização:

O fato de ser amador não é desculpa para os amantes do ciclismo deixarem de experimentar alguns dos desafios da Volta da França. Para aproximar as pessoas que gostam do esporte no evento, a organização decidiu promover passeios para 8.500 ciclistas nos dois dias reservados ao descanso dos competidores profissionais. Nesta edição, 12 brasileiros de várias idades e regiões do País participaram da 13ª L?Étape du Tour e puderam contar como é percorrer um trecho da competição mais importante do ciclismo mundial. "Quando as inscrições foram abertas em março, em três dias as vagas se esgotaram", conta Cleber Anderson, responsável pela reunião do grupo de brasileiros que percorreu o mesmo trajeto da 16ª etapa da Volta da França. Foram 179 km, sendo 20 deles de montanha. "O Brasil é o país do futebol, aqui (França) é do ciclismo. Dá a maior adrenalina ver tudo isso e é muito bonito", descreveu o DJ paulista Carlo Dall?Anese, de 31 anos. Apesar de ser dedicado a amadores e por isso a posição final ter pouco valor, o L?Étape exige preparo físico dos ciclistas. "Nós subimos uma das montanhas que os profissionais fizeram e é aqui que você dá mais valor a eles", contou o engenheiro civil gaúcho Marco Alcântara, de 41 anos. "Nunca podia imaginar uma prova tão dura, não por eu não ter treinado, mas porque é difícil mesmo", descreveu o engenheiro civil mineiro André Malta, de 41 anos. Mas nem tudo é apenas sacrifício. Além das belas paisagens do interior da França, os brasileiros puderam ver algumas etapas da Volta da França de perto e viver a experiência de praticar ciclismo em um local onde o esporte é valorizado. "O grupo pedalou por um país onde o ciclista é super respeitado e desfruta de total segurança, ora por ciclovias, ora por ciclo faixas. E mesmo que elas não existam, os motoristas são muito solidários, dirigindo sempre com muita calma e atenção, aguardando o momento certo para a ultrapassagem. A preferência é mesmo do ciclista", conta Anderson. "Mesmo sendo o 4.234º colocado, o povo aplaude como se você fosse o próprio Lance Armstrong", conta o publicitário paulista Eduardo Andrietta, de 30 anos. O industrial sorocabano Joaquim Cardoso, de 61 anos, classificou a experiência como inesquecível. "É uma viagem que todo ciclista deve fazer".

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