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Zé Roberto tira peso das costas

Por Agencia Estado
Atualização:

O vôlei feminino do Brasil está na semifinal olímpica dos Jogos de Atenas. As meninas do técnico José Roberto Guimarães derrotaram hoje os Estados Unidos, em um jogo atípico, decidido no tie-breaker por 25/22, 25/20, 22/25, 25/27 e 15/6, no Ginásio da Paz e Amizade do Complexo de Faliro. As brasileiras abriram vantagem por 2 sets a 0. As americanas empataram, mas não resistiram ao saque do Brasil, eficiente no quinto set. Agora, a seleção só pensa em Gamova e Sokolova, as craques da Rússia, adversária da semifinal, quinta-feira, às 13h30 (horário de Brasília). As russas garantiram vaga derrotando a Coréia por 3 sets a 0. Na outra semifinal, jogam Cuba e China, às 15h30. O técnico José Roberto Guimarães deixou o ginásio preocupado com a atacante Mari, que sentiu dor na região lombar. Zé Roberto Guimarães tirou um peso grande das costas passando das quartas-de-final - não queria repetir o que ocorreu em Atlanta, em 1996, quando caiu com a seleção masculina. "Qualquer erro e poderíamos ter ficado no caminho." Ganhar no tie-breaker, abrindo uma vantagem de 7 a 0, com o saque funcionando e começando a dar tudo certo, após perder dois sets seguidos? "Um jogo contra os EUA é difícil, mas foi muito duro, no terceiro set, quando ficamos tentando puxar o jogo pelo rabo e não conseguíamos, elas sempre abriam dois, três pontos... Nós encostávamos elas abriam..." Místico, Zé Roberto acredita que esse tipo de vitória servirá para fortalecer o grupo. "Estava escrito. Acho que tinha de ser dessa forma, o time cria personalidade, ganha credibilidade, uma fé maior, o que nós vamos precisar. Se temos o sonho da medalha de ouro, de chegar a uma final olímpica temos de passar por essas dificuldades porque as que virão são ainda mais difíceis." O técnico disse que ainda estava com a perna bamba, que certamente ainda teria o jogo na cabeça uma parte da noite, mas já começaria a puxar o vídeo da Rússia, das jogadas, das características, para estudar tudo. "São jogadoras altas, um jogo de bolas altas e vamos precisar da mesma disposição, de um bom saque, de uma boa defesa. É um jogo de paciência e agora tudo recomeça." A levantadora Fernanda Venturini deixou a quadra comemorando o tie-breaker. "Jogamos tão bem no tie-breaker e elas mal. Mas não tem explicação, ficar com a corda no pescoço e conseguir virar como elas viraram. São jogadoras altíssimas e nós com um time baixo desse jeito. Sabíamos que não seria um 3 a 0, e ainda esperava um tie breaker mais disputado." Erika, que foi o destaque da partida com uma boa defesa e 20 pontos, disse que agora será preciso pensar na Rússia, usando a mesma arma contra uma adversária alta. "O Brasil está compensando o fato de ser um time mais baixo com um passe bom e a Fernanda Venturini. Temos boas passadoras e uma grande levantadora contra as gigantes. Elas têm a vantagem de serem grandes e nós de sermos inteligentes e rápidas."

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