Um dos grandes méritos da vitória foi a movimentação ofensiva. Como a equipe não tem um camisa 9 tradicional, Gabriel Jesus, Gabigol, Neymar e Luan se revezavam na chegada ao ataque e isso confundiu a defesa da Dinamarca, que não é lá essas coisas. Além disso, os dinamarqueses jogavam em linha, o que facilitava as enfiadas.
Diante dessa defesa ingênua, o Brasil soube se impor. Depois de Gabigol ter aproveitado o ótimo cruzamento de Douglas Santos e abrir o placar, a equipe se acalmou e o jogo coletivo fluiu. Outra mudança boa em relação aos últimos jogos foi o acerto nas finalizações. O Jesus não podia continuar perdendo tantos gols.
Neymar ainda está um pouco distante das suas atuações na Espanha. Ele passou a armar, tocando mais do que driblando, e isso foi muito bom. Acredito que o problema seja de posicionamento. Gostaria de vê-lo centralizado para ter espaço para armar e finalizar. Na esquerda, ele se confunde com o Jesus. A única coisa a corrigir é essa. A entrada de Luan foi muito importante, porque ele ocupa bem os espaços e é inteligente. Ele foi o melhor em campo. Renato Augusto e Wallace protegeram a defesa. A escalação é essa. Voltou a confiança para fazer gols. Falta uma sequência de boas atuações. Não pode parar aí.
