PUBLICIDADE

Publicidade

Advogado de goleiro do polo aquático vê atitude cruel de canadenses

Marcelo Franklin promete provar a inocência de Thyê Mattos

Por Paulo Favero
Atualização:

Thyê Mattos, goleiro de polo aquático que foi acusado de abuso sexual no Pan de Toronto, quer provar sua inocência e dar a volta por cima. O atleta alega inocência e está tendo dificuldade para se defender porque a Justiça canadense não libera os dados do processo. Segundo Marcelo Franklin, advogado do atleta especialista em direito desportivo, essa está sendo a maior dificuldade. "Eles não entregam os documentos, é um procedimento padrão. A investigação está correndo em sigilo, não vão entregar a cópia para a gente antes do término da investigação. Tenho pessoas trabalhando para mim lá e até agora não entregaram nada", explica o advogado. "A situação continua semelhante a anterior. A bola está com a Justiça canadense, não nos cabe fazer outra coisa senão aguardar." Marcelo Franklin acredita na inocência de seu cliente e promete ir até as últimas consequências para prová-la. "Depois que comprovarmos a inocência, com certeza vamos em cima de quem fez a falsa acusação e que possa ter lesado os direitos dele. Fizeram acusação na frente da imprensa, repercutiu mundialmente, mas nunca especificaram a gravidade do caso. Isso é cruel."

Thyê Mattos é acusado de ter abusado sexualmente de uma canadense de 22 anos Foto: JulioCortez/AP

O advogado garante que seu cliente alega inocência e tomou um susto danado quando ficou sabendo da acusação. Ele estava almoçando com a delegação brasileira de polo aquático em Kazan, na Rússia, antes da disputa do Mundial da modalidade. "Não tenho razões para não confiar no meu cliente. Fiz uma pesquisa e tem muitos casos de falsa acusação no Canadá. Só esse ano foram três", diz. "Ele quer resolver o quanto antes isso, está angustiado." Marcelo Franklin explica que Thyê está impedido de realizar suas atividades porque não pode viajar para países que tem tratado de extradição com o Canadá. "Poderiam fazer um pedido formal de extradição, mas não vão conseguir isso, ou tentar fazer com que o processo criminal corra por aqui. É uma situação extremamente cruel, pois não dizem o que é. A abrangência em relação a esse assunto é grande. Pode ser algo brando ou algo muito sério, mas eles não deixam claro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.